PROSERPINE AND MIDAS DE MARY SHELLEY: ESTUDO E TRADUÇÃO

Autores

  • Mellyssa CoÊlho de Moura
  • Tito Lívio Cruz Romão - Co-Orientador
  • Orlando Luiz de Araujo

Resumo

Objetiva-se traduzir para o português brasileiro a obra Proserpine and Midas (1922), de Mary Shelley, peça escrita em dois atos ainda sem tradução no Brasil, bem como avaliar a teia de referências intertextuais da literatura grega e latina presentes na obra em questão. No que se refere ao estudo da peça, as poucas análises críticas do texto se concentram em sua transposição das narrativas clássicas pelo viés feminista. No entanto, a adaptação de Shelley permite também reflexões acerca de sua caracterização, estrutura e público-alvo, uma vez que um dos propósitos de revitalização do mito original seria dar acesso do seu conteúdo a novos públicos, especialmente o feminino. Dessa maneira, por meio das chaves de análises providas pela literatura comparada, tais quais intertextualidade, alusão (HINDS, 1998), influência (BLOOM, 1991) e recepção clássica (HARDWICK, 2003), propõe-se que o drama mitológico de Shelley vai além da mera reprodução da Antiguidade, constituindo uma remodelação significativa dos mitos clássicos através da inserção de pormenores literários que refletem a identidade pessoal da autora e que contribuem para a premissa de que Shelley propunha suas próprias respostas revisionistas à tradição romântica masculina de representação mítica de sua época. Ressalta-se que o presente trabalho é realizado com apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação