TOMADOS PELO TEMPO: JUVENTUDE E VELHICE NO FINAL DOS ANOS 1960.

Autores

  • Francisco Alysson Silva Pinheiro
  • Jailson Pereira da Silva

Resumo

Embora não seja uma invenção própria da segunda metade do século XX, é neste que a juventude sofre significativa transformação. Construção burguesa de intuito pedagógico, a juventude surge, na virada do século XIX para o XX, enquanto objeto dos movimentos e partidos políticos, da cultura de massa, da escola e da igreja, das ciências sociais, médicas, jurídicas etc. O termo mobiliza um conjunto de saberes que o transformam gradativamente em um dos mais significativos agentes do último século. Ao longo dos anos 1950, ela se torna elemento explorado sobretudo pelo cinema, produzindo um público consumidor particular, a “juventude transviada” (Santos, 2013). Tudo se passa como se a identidade jovem houvesse sido designada em finais do século XIX, para em seguida ser assimilada e, na segunda metade do século ulterior, subvertida. A apresentação objetiva, desse modo, discorrer sobre as transformações da e na juventude durante o final dos anos 1960, mais especificamente em 1968, a partir das revistas de grande circulação no período (Veja, Manchete e Realidade). Neste momento, o conceito "juventude", já anteriormente compreendido como uma etapa da vida e, ao longo dos anos 1950, como um público consumidor, torna-se um "poder jovem", ou seja, uma força de consumo e também de política, que implica mais que emersão de um sugnificativo sujeito da história da segunda metade do século XX, mas também a ascensão de um anti-sujeito: a velhice, que cada vez mais torna-se um problema na sociedade contemporânea. Sujeito e anti-sujeito envoltos em uma compreensão de tempo que marca essa sociedade.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação