ATIVIDADE INIBITÓRIA IN VITRO DA PROMETAZINA CONTRA CÉLULAS PLANCTÔNICAS DE COCCIDIOIDES POSADASII

Authors

  • Santiago Goncalves Bezerra Moura
  • Fernando Victor Monteiro Portela
  • Nicole de Melo Fiallos
  • Mariana Lara Mendes Pergentino
  • Lívia Maria Galdino Pereira
  • Rossana de Aguiar Cordeiro

Abstract

A coccidioidomicose é uma infecção fúngica potencialmente severa causada pelos fungos dimórficos Coccidioides immitis e C. posadasii. As manifestações clínicas da doença variam de casos assintomáticos e infecções respiratórias leves a casos mais severos, em que a infecção se dissemina, podendo levar o paciente a óbito. Neste contexto, o tratamento da doença varia de acordo com a severidade do caso. Contudo, apesar do consolidado tratamento da coccidioidomicose, casos refratários são preocupações clínicas latentes. Portanto, o objetivo do presente trabalho é verificar a atividade antifúngica da prometazina (PMZ) contra isolados de C. posadasii, assim como sua interação com anfotericina B (AMB) ou voriconazol (VRZ). Para tanto, testes de sensibilidade (n=5) foram feitos por macrodiluição em caldo de acordo com o documento M38-A2 do National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). A concentração inibitória mínima (CIM) foi definida como a menor concentração capaz de inibir 100% do crescimento fúngico quando comparado ao controle. A interação entre as drogas PMZ e AMB ou VRZ (n=1) foi avaliada por meio do método checkerboard. Todos os experimentos foram executados em triplicata e conduzidos em uma cabine de segurança biológica de classe II, em um laboratório de nível de biossegurança 3. Os resultados do presente trabalho mostraram que a PMZ foi capaz de inibir o crescimento de C. posadasii in vitro com CIM variando de 16-64 µg/ml. Ademais, foi observado sinergismo nas concentrações sub-inibitórias de PMZ (0,06 e 0,25 µg/ml), reduzindo as concentrações dos antifúngicos AMB e VRZ em 88% e 75%, respectivamente. Por fim, os resultados obtidos confirmaram o potencial antifúngico da PMZ, apresentando atividade, também, contra C. posadasii. Novos estudos, porém, devem ser realizados com intuito de compreender os mecanismos envolvidos na atividade inibitória observada.

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Published

2021-01-01

Issue

Section

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação