AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA PROPAFENONA FRENTE A CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES À METICILINA NA FORMA PLANCTÔNICA E EM BIOFILME

Autores

  • Thiago Mesquita CÂndido
  • Cecília Rocha da Silva
  • Leilson Carvalho de Oliveira
  • Hélio Vitoriano Nobre Júnior
  • Cecilia Rocha da Silva

Resumo

A utilização demasiada e indiscriminada de antibióticos associada ao inevitável processo de resistência bacteriano, culminou por acelerar o advento de bactérias multirresistentes. Adjunto a isso, o Staphylococcus aureus e sua variante resistente à meticilina, denominada de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (SARM) possui resistência intrínseca a todos os antibióticos β-lactâmicos e repetidamente tem sido descrito associado a boletins epidemiológicos nacionais, relacionados a infecções primárias da corrente sanguínea, de forma crescente ao longo dos anos. As consequências do longo período de internação são nocivas em ambos os aspectos concebidos por pacientes e por hospitais. O alto custo no tratamento de cepas SARM, motivam a necessidade de alternativas viáveis à atual terapêutica. Coeso a isso, o reposicionamento do antiarrítmico propafenona desponta como uma possibilidade e alternativa terapêutica a problemática antimicrobiana. O estudo buscou avaliar o efeito antimicrobiano da propafenona em cepas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina na forma planctônica e em biofilme. As metodologias empregadas consistiram em testes de sensibilidade a antimicrobianos, avaliando a concentração inibitória mínima (CIM) da propafenona em diferentes concentrações, e sua possível ação farmacológica em células planctônicas e em biofilme. A propafenona apresentou inibição do crescimento bacteriano nas concentrações de 500 e 250 µg/ml em células planctônicas. Perante o biofilme, foi possível verificar a ação antimicrobiana do fármaco com a diminuição da viabilidade celular em mais de 50% em concentrações subinibitórias com biofilme formado e em formação. Por fim, o estudo recorda o potencial dos fármacos antiarrítmicos como a propafenona no reposicionamento de fármacos, despontando como um possível adjuvante terapêutico.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação