NAVEGANDO NAS ONDAS DO TITAN: CENAS DO COTIDIANO NO SERVILUZ E SEUS EFEITOS NA PRODUÇÃO DE MODOS DE SER CRIANÇA

Authors

  • Paula Autran Nunes
  • Erica Atem Gonçalves de Araujo Costa
  • Joao Paulo Pereira Barros

Abstract

Este trabalho é um recorte de um projeto de mestrado em elaboração e objetiva analisar cenas dos cotidianos sobre crianças no Serviluz, territorialidade periférica da cidade de Fortaleza, tomando-as como analisador da produção recíproca de territórios existenciais periféricos e das infâncias como modos de subjetivação. Com objetivos específicos, pretende-se descrever cenas do cotidiano de crianças a partir das vozes das infâncias sobre o Serviluz; discutir que infâncias têm sido produzidas nessas territorialidades periféricas; problematizar que Serviluz as infâncias têm desenhado. Os referenciais teóricos para tematizar as infâncias, os territórios e as subjetividades serão alinhados à psicologia social, partindo de discussões sobre as infâncias à luz de referências pós-estruturalistas. Dando visibilidade a diferentes modos de subjetivação, tensionando o plano coletivo e micropolítico das forças que engendram o cotidiano de crianças que vivem em contextos periféricos de Fortaleza. O enfoque nas vozes de crianças periféricas sobre seus cotidianos nos territórios em que vivem, produzem deslocamentos das concepções hegemônicas e estigmatizantes sobre tais territórios existenciais, comumente (in)visibilizados pelos signos da violência, do tráfico, da pobreza e da exclusão. Sendo a cartografia, metodologia usada para a produção de dados a partir da perspectiva da pesquisa-inter(in)venção, por meio dos dispositivos das andanças e oficinas em grupo com crianças. Discute-se, a partir de cenas cartografadas esses dispositivos, a produção de territórios existenciais em cenários de precarização da vida e a construção de práticas e táticas micropolíticas de resistências por crianças em seus cotidianos. Por fim, também são trazidas à tona reflexões sobre como dinâmicas da violência no Serviluz afetam o cotidiano de crianças que o habitam, assim como quais táticas as crianças criam para seguir (se) movimentando (n)aquele território existencial.

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Published

2021-01-01

Issue

Section

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação