ABUNDÂNCIA DE BACTÉRIAS AMILOLÍTICAS EM SOLO COM DIFERENTES TIPOS DE USO NA REGIÃO DE UBAJARA.

Abstract

As comunidades microbianas do solo desempenham importante papel de decompositoras de resíduos orgânicos, são responsáveis pela mineralização de nutrientes, além de atuarem como regularizadoras de processos biogeoquímicos. O amido é um carboidrato abundante no solo e sua degradação promove maior disponibilidade de nutrientes para outros organismos. Assim, as bactérias amilolíticas são consideradas indicadores biológicos da qualidade do solo. Nesse contexto, esse trabalho teve por objetivo avaliar a abundância desse grupo microbiano funcional em diferentes tipos de solo. As amostras de solo foram coletadas no Parque Nacional de Ubajara e nas áreas no entorno do Parque. Foram utilizadas 22 amostras de solo de áreas classificadas: como secundária (S), conservada (C), preservada (P) e de agricultura (A). Para a quantificação desse grupo bacteriano foi adotado o processo de contagem padrão em placas pela técnica do spread-plate, utilizando o meio de cultura ágar mínimo acrescentado de amido. Após 48h da incubação a 28ºC, as colônias bacterianas foram inundadas com solução de lugol a 0,01M e aquelas com a formação de halos, resultantes da degradação de amido, foram quantificadas. Os resultados das contagens foram expressos em Unidades Formadoras de Colônias por grama (UFC.g⁻¹), posteriormente transformado para Log UFC.g⁻¹ de solo. A abundância das bactérias amilolíticas foi em média de 6,38 Log UFC.g⁻¹ nas áreas secundárias, 6,68 Log UFC.g⁻¹ nas áreas conservadas, 5,66 Log UFC.g⁻¹ nas áreas preservadas e 6,02 Log UFC.g⁻¹ nas áreas de agricultura. É válido ressaltar que a área S84 destacou-se das demais, apresentando o maior valor de abundância, 6,92 Log UFC.g⁻¹. A menor abundância foi registrada na área Pre90 com um valor de 5,51 Log UFC.g⁻¹. Esses resultados indicam a influência do tipo de uso do solo na abundância das bactérias amilolíticas do solo da região de Ubajara.