AVALIAÇÃO DA IMUNOEXPRESSÃO DA PROTEÍNA S6K1 EM DISPLASIAS EPITELIAIS ORAIS

Abstract

As desordens orais potencialmente malignas (DOPM) representam alterações orais que apresentam um risco aumentado para transformação maligna em carcinoma de células escamosas oral (CCEO). Essas desordens podem apresentar diferentes graus de displasia epitelial oral (DEO) no epitélio, que pode funcionar como um preditor de malignidade oral. Porém, o processo de progressão das DOPMs e os eventos envolvidos na malignização das mesmas ainda não estão completamente elucidados. Assim, algumas vias de sinalização celular vêm sendo investigadas, como a via do PI3K, onde um dos seus produtos, a proteína S6K1, está associado um aumento de síntese proteica, proliferação e crescimento celular. Assim, o objetivo desta pesquisa é avaliar a expressão imunoistoquímica de S6K1 em mucosa oral normal (MON) e nos diferentes graus de DEO. Para isso, a amostra constitui-se de 20 casos de DEO com diferentes graus histológicos (8 de baixo risco e 12 de alto risco) e 20 casos de MON. O ensaio imunoistoquímico foi realizado através da técnica da estreptavidina-peroxidase utilizando o anticorpo anti-S6K1 (1:200, clone ab60948 Abcam ® ), onde a positividade da imunomarcação em todos os espécimes incluídos na amostra consistiu nas células que exibiram coloração acastanhada no núcleo. Os dados categóricos foram expressos em frequência absoluta e comparados pelo teste exato de Fisher ou Qui-quadrado de Pearson, e os dados contínuos foram expressos em médias, com análise pelo teste de Mann-Whitney, seguido do pós-teste de Dunn. O padrão de imunomarcação nuclear para S6K1 evidenciou uma diferença estatística entre DEO (100% de positividade) e MON (65%) (p=0,004). Já nos diferentes graus de DEO, não foi evidenciada diferença estatisticamente significante no padrão imunoistoquímico de S6K1. Dessa forma, o presente estudo sugere que o aumento da expressão da proteína S6K1 pode estar associado ao desenvolvimento e progressão da DEO.