EFEITO PROTETOR DO (-)-ALFA-BISABOLOL EM MODELO ANIMAL DE LESÃO HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA

Abstract

A lesão hepática aguda (LHA) é considerada uma situação clínica grave, a qual comumente é induzida por medicamentos. Dentre os mecanismos propostos para a LHA, destaca-se a produção de metabólitos reativos tóxicos, que causam estresse oxidativo e, consequente, morte de hepatócitos. O (-)-alfa-Bisabolol (BIS) é um álcool sesquiterpeno, monocíclico, lipofílico e de baixo peso molecular, obtido, principalmente, da Camomila (Matricaria recutita) que apresenta bioatividade, dentre elas: nefroprotetora, antioxidante e gastroprotetora. Dessa maneira, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito hepatoprotetor do BIS em modelo animal de lesão hepática aguda. Camundongos swiss machos (n=10) foram tratados com BIS por cinco dias consecutivos nas doses de 1, 5 e 10 mL/Kg. Duas horas após a última administração, a hepatotoxicidade foi induzida (com exceção do grupo controle, que recebeu azeite de oliva) via i.p. com tetracloreto de carbono (CCl₄, 0,01 mL/Kg de uma solução a 0,2% em azeite de oliva). Salina foi utilizada no grupo controle negativo e Silimarina como controle positivo. 24 horas após indução, amostras de tecido hepático foram coletadas para a realização das análises. Fragmentos do tecido foram homogeneizados para determinação da concentração de Glutationa Reduzida (GSH). Ademais, este também foi fixado em lâmina, corado e submetido à análise histológica. Sendo assim, a indução com CCl₄ foi capaz de causar a lesão hepática, o que foi observado através da redução de GSH hepático e a observação de alterações histológicas. O BIS foi capaz de prevenir a redução de GSH. Além disso, foi observado redução do dano tecidual nos grupos tratados com a substância em estudo. Em conclusão, os resultados demonstraram que o BIS apresentou possível efeito hepatoprotetor. Novos estudos devem ser realizados para identificar os mecanismos envolvidos nesse efeito, permitindo o desenvolvimento de novos fármacos e ferramentas farmacológicas. Agradecimento: UFC, CNPQ e Funcap.