A ESCOLA DO TRABALHO: FUNDAMENTOS DE UMA FORMAÇÃO POLITECNICA E OMNILATERAL

Abstract

O objetivo desta pesquisa é verificar os fundamentos da Escola do Trabalho no período da Revolução Russa de 1917, buscando os seus elementos que demonstram uma formação politécnica e omnilateral. Tomamos aqui o trabalho e a educação politécnica no seu aspecto positivo e formativo como ponto de partida para desenvolver a problemática enfrentada pelos educadores soviéticos, de como pensar uma escola que não estava mais a serviço do capitalismo, que tinha como finalidade, a formação do homem novo. Quanto ao delineamento metodológico, trata-se de estudo bibliográfico, e para compreender a temática em questão, utilizamos como aporte teórico os educadores socialistas que apoiaram-se no ideário de Marx e Engels, colocando em discussão uma educação para os trabalhadores numa perspectiva politécnica e omnilateral, abordando mais especificamente o pensamento de Makarenko (1985), a partir da sua obra Poemas pedagógicos; e o pensamento de Pistrak, a partir das suas obras Fundamentos da escola do trabalho, Ensaios da escola politécnica e A escola comuna. A Escola do Trabalho Socialista foi fundamentada no materialismo histórico, ancorado no trabalho coletivo para a produção da vida material, e no trabalho como princípio educativo, no seu aspecto positivo. Como resultado parcial pudemos compreender essa Escola parte do pressuposto de que a existência do homem se dá pelo trabalho enquanto gerador da vida social, ou seja, como criador do homem social, pois, ao transformar a natureza exterior, também o homem transforma-se a si mesmo como ser social e como produtor da existência material o que remete a uma formação integral. Em nossas conclusões constatamos que essa formação exclui qualquer interesse individualista e/ou egoísta. Por esse motivo, não comporta um sistema cuja base econômica é extraída da exploração do homem pelo homem. Agradecemos a FUNCAP pelo suporte financeiro recebido na bolsa de doutorado em educação.