AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL COMPARATIVA DA ESTRUTURA DO BOSQUE DE MANGUE ESTUARINO DO RIO CURU COMO SUBSÍDIO PARA MONITORAMENTO ECOSSISTÊMICO ATRAVÉS DO SENSORIAMENTO REMOTO

Authors

  • Jorgeana de Almeida Jorge Benevides
  • Luis Ernesto Arruda Bezerra

Abstract

Por sua importância ecológica, econômica e social, os manguezais estão amparados legalmente. Contudo, as pressões antrópicas vêm causando perda de habitats e interferindo em seus bens e serviços ecossistêmicos. Um recurso eficaz que aponta respostas do ecossistema às condições ambientais é a caracterização estrutural da flora. Satélites com sensores mais modernos permitiram o monitoramento ambiental com custos reduzidos e maior facilidade na obtenção dos dados. Dentre os estressores do manguezal do Rio Curu está a supressão da vegetação para instalação de fazendas de camarão. Assim, pretende-se realizar uma avaliação espaço-temporal da estrutura do mangue com base em dados publicados em 2012 e compará-los com dados recentes (coleta de campo e por sensoriamento remoto – SR). Realizar o mapeamento e quantificação das alterações na extensão deste mangue, por SR, após a implantação das fazendas e avaliar sua resposta estrutural. Seguiu-se a metodologia de Schaeffer-Novelli e Cintrón (1986), adaptada por Maia e Coutinho (2012). Os mapeamentos estão sendo feitos com base nos produtos do programa Landsat 5, 7 e 8 e o tratamento das imagens pelo QGis 3.22.10. Avalia-se também as respostas de três índices de vegetação: NDVI, o SAVI e o IAF. Quanto a fitossociologia, a Rhizophora mangle se destacou nos dois recortes temporais, tanto para indivíduos vivos quanto mortos. Este manguezal parece está em processo de regeneração natural dado os números de juvenis vistos no inventário de 2021; e isso repercutiu nos resultados de DAP e área basal que apresentaram diferenças significativas entre os anos. A área pode ser classificada como de baixo impacto já que não foram observadas alterações ambientais visuais expressivas. Os manguezais estão sempre se ajustando a dinâmica estuarina que é influenciada por fatores abióticos e bióticos. Por isso, deve-se considerar as particularidades de cada manguezal ao invés de simplesmente compará-lo a outros manguezais de outras partes do mundo.

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Published

2022-01-01

Issue

Section

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação