AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO IBUPROFENO FRENTE A CEPAS DE CANDIDA SPP. RESISTENTES AO FLUCONAZOL E SUA ATIVIDADE FRENTE A BIOFILME FORMADO.

Autores/as

  • Amanda Cavalcante Leitao
  • Hélio Vitoriano Nobre Júnior
  • Letícia Serpa Sampaio
  • Fátima Daiana Dias Barroso
  • Lisandra Juvêncio da Silva
  • Helio Vitoriano Nobre Junior

Resumen

A incidência de infecções fúngicas oportunistas cresceu nos últimos anos. Fungos do gênero Candida têm sido documentados como importante causa de infecções e estão relacionados à alta morbidade e mortalidade entre pacientes hospitalizados, aumento nos custos hospitalares e tempo de internação hospitalar, configurando assim um importante problema de saúde pública. A maioria das infecções fúngicas está associada à formação de biofilme, que representa um aumento na resistência aos antifúngicos. Somado a essa problemática está o fato de existirem poucos antifúngicos disponíveis no mercado. Dessa forma, faz necessária a busca por novas opções terapêuticas e nesse contexto surge o redirecionamento de fármacos, propondo um novo olhar para fármacos com outras indicações terapêuticas. O ibuprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal e alguns pesquisadores têm relatado sua atividade frente a cepas de Candida spp. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade do ibuprofeno frente a cepas de Candida spp. resistentes ao fluconazol, nas formas planctônicas e de biofilme. O ibuprofeno apresentou atividade sobre as cepas de Candida spp. utilizadas (2 C. albicans, 5 C. tropicalis, 2 C. parapsilosis), com concentração inibitória mínima (CIM) variando de 6,5 a 13mM. A viabilidade celular do biofilme formado (24 horas) foi determinada por meio do ensaio de redução do sal de tetrazólio (MTT) e foi verificado que o ibuprofeno promove redução de aproximadamente 50% da viabilidade celular na concentração de CIM (13mM) em isolado de C. albicans, de C. tropicalis e de C. parapsilosis (p < 0,05). Dessa forma, conclui-se que o ibuprofeno é capaz de inibir o crescimento in vitro de Candida spp. resistente ao fluconazol tanto na forma planctônica como em biofilme formado, sugerindo que este fármaco tem potencial para agir como agente antifúngico.

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Publicado

2019-01-01

Número

Sección

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica