DAS TENSÕES IDENTITÁRIAS À CRISE DEMOCRÁTICA BRASILEIRA: PODER A QUAL POVO?
Resumen
No presente exercício teórico, nos centramos em examinar e compreender a crise que tem assolado a democracia brasileira nos últimos anos, com foco nas tensões identitárias entre grupos que compartilham de crenças e perspectivas políticas expressivamente distintas. Neste percurso, buscamos abordar o modo como tais relações e disparidades elevam o embate identitário num contexto populista de direita, alavancando e expondo o conflito, ao passo que também o radicaliza, tornando-se um forte marcador às mazelas democráticas que fragilizam tal regime. Desse modo, nos esquivando de argumentos puramente demofóbicos, a narrativa que elencamos também busca discorrer sobre condições de escopo que venham a gerar um embate mais incisivo no contexto abordado, considerando a reivindicação do monopólio moral e identitário da categoria “povo”, através de um aparato repressivo, fortalecido por aspectos conjunturais, bem como pela estagnação/crise econômica. Nesse sentido, consideramos que uma parte da população, mais tendida ao populismo bolsonarista, rejeita a possibilidade de ceder espaço político, econômico e social a grupos historicamente marginalizados e suas representações. Com isso, argumentamos a partir de um aparato teórico sobre causas, fenômenos e produtos acerca de tal conflito, levando em conta a crise democrática brasileira. Além disso, buscamos examinar tal embate por meio do levantamento e cruzamento de dados quantitativos. Portanto, este trabalho constrói-se centralmente acerca das tensões identitárias que desempenham um papel central na fragmentação democrática, bem como ao seu desmonte nos últimos anos, numa dinâmica amigo-inimigo, também fomentada por atores populistas que cooperam para a deterioração dos laços democráticos entre o povo brasileiro.Descargas
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Publicado
2021-01-01
Número
Sección
VII Encontro de Programas de Educação Tutorial
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