A INSUFICIÊNCIA EPISTEMOLÓGICA DOS SIGNOS LINGUÍSTICOS EM AGOSTINHO DE HIPONA.

Autores/as

  • Francisco Leonardo Brito de Oliveira Lopes
  • Jose Carlos Silva de Almeida

Resumen

A presente pesquisa tem como objetivo analisar a obra ´De Magistro´ de Agostinho de Hipona e, então, demonstrar a concepção de linguagem mais fundamental deste pensador. Embora Agostinho tenha tratado deste tema em outras obras, inclusive obras de sua maturidade, entende-se que é nesta obra supracitada, datada de 389 d.C, que o Hiponense alçou seu ´´voo´´ mais alto no que diz respeito a conceitualizar uma noção do que seria o ato da linguagem nos seres humanos. Neste sentido, pretende-se demonstrar que o autor chega a noção de que os signos linguísticos são insuficientes desde um ponto de vista epistemológico, que pode ser expresso na fórmula linguística ´´nada se ensina com palavras´´. Contudo, para se chegar a esta noção final de insuficiência dos signos linguísticos Agostinho parte, inicialmente, e prossegue em boa parte do texto com a tese oposta, ou seja: ´´nada se ensina sem palavras´´. A passagem de uma tese inicial (pró-signos linguísticos) para sua antítese (contra-signos linguísticos), sem a formulação de uma síntese entre ambas, é o que se almeja demonstrar ao longo desta breve exposição. Ao final, atentar-se-á, para que Agostinho, diante de uma insuficiência radical dos signos linguísticos explicitará que a verdade aparece não no âmbito do burburinho sócio comunicativo, mas que nossa comunicação tem o mero propósito de apontar para uma dimensão de interioridade, aonde, aí sim, ocorre a verdadeira aprendizagem, que parte do Único apto a ensinar: O Mestre Interior.

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Publicado

2021-01-01

Número

Sección

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação