ATIVIDADE METABÓLICA E BIOMASSA DE BIOFILMES FORMADOS A PARTIR DE CÉLULAS PERSISTENTES DE TRICHOSPORON SPP.
Resumen
Nos últimos anos, a frequência de infecções sistêmicas causadas por Trichosporon spp. em pacientes portadores de doenças hematológicas malignas tem aumentado. Uma das hipóteses é dada sua capacidade de produzir células persistentes a partir de biofilmes, os quais podem ser formados em cateteres, por exemplo. Essas células permanecem dormentes ao serem expostas a fármacos e, cessada a exposição, podem se reativar, dificultando o tratamento. O objetivo do presente trabalho foi avaliar, in vitro, o comportamento de células persistentes de Trichosporon quanto a sua capacidade de reativar e formar novos biofilmes. Para a obtenção das células persistentes, biofilmes de cepas clínicas de T. asahii (n=5) e T. inkin (n=7) foram formados em meio RPMI e incubados a 35°C por 48 horas. Posteriormente, os poços foram lavados com PBS + tween 20 e expostos à AMB (100 µg/ml). Após 24 horas, os poços foram lavados e raspados. O conteúdo de cada poço foi transferido para microtubos e centrifugado a 10.000 rpm por 10 minutos. Em seguida, o sobrenadante foi descartado e as células persistentes ressuspendidas em RPMI e incubadas para formar novos biofilmes. Os biofilmes maduros foram avaliados quanto a sua atividade metabólica por ensaio de redução de XTT e quantificação de biomassa por coloração de cristal violeta. Para todas as cepas e etapas, fez-se o controle de crescimento livre de droga. Os resultados mostraram que as células persistentes de Trichosporon spp. foram capazes de se reativar após exposição a altas concentrações de AMB e formar novos biofilmes. Porém, os biofilmes produzidos a partir de células persistentes apresentaram, em média, atividade metabólica 46% menor do que a do biofilme controle e biomassa 58% reduzida quando comparada ao controle sem droga. Portanto, os resultados in vitro obtidos no presente trabalho sugerem que a presença e reativação de células persistentes de Trichosporon podem contribuir para a dificuldade no tratamento de tricosporonoses sistêmicas.Descargas
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Publicado
2021-01-01
Número
Sección
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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