EPIDEMIOLOGIA DA TRICOSPORONOSE INVASIVA EM PACIENTES COM MALIGNIDADES HEMATOLÓGICAS

Autores/as

  • Bruno Nascimento da Silva
  • Paulo Henrique Soares Peixoto
  • Ana Luiza Ribeiro Aguiar
  • Fernando Victor Monteiro Portela
  • Livia Maria Galdino Pereira
  • Rossana de Aguiar Cordeiro

Resumen

Os fungos do gênero Trichosporon, são microrganismo com distribuição ambiental no solo, água e madeiras em decomposição. Em humanos, habitam de forma comensal principalmente as mucosas do trato respiratório, digestório e pele. Desde meados de 1980 há descrições sobre o acometimento de Trichosporon spp. causando infecção fúngica invasiva (IFI), especialmente em pacientes com malignidades hematológicas e pacientes com HIV/AIDS, destacando-se indíces de mortalidade igual ou superior a 70%. Face ao exposto, este trabalho teve por objetivo levantar dados epidemiológicos sobe a tricosporonose invasiva em pacientes portadores de malignidades hematológicas. Trata-se de um estudo de revisão literária composto por artigos publicados inglês ou português nos últimos cinco anos e disponíveis nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Em um compilado de cinco artigos, os casos mostraram distribuição em França, Turquia, Taiwan, Índia, Estados Unidos, Índia, América do Norte/Sul, Ásia e Europa. A principal doença oncológica relatada foi a Leucemia, acometendo principalmente adultos, mas também crianças, prevalecendo o sexo masculino. A principal forma de disseminação foi por via hematológica (fungemia), relatada dentre os casos. Os pacientes apresentavam alguns fatores/situações predisponentes como: tumores, diabetes, neutropenia, febre, anemia, uso de quimioterápicos, alguns portadores de HIV/Aids e principalmente o histórico de tratamento anterior com antibióticos e/ou antifúngicos. A espécie mais prevalente isolada foi T. asahii, seguido de T. inkin e T. mucoides, onde cerca de 70% dos pacientes foram a óbito. Embora rara, a tricosporonose invasiva está associada a altas taxas de acometimento e letalidade em pacientes oncológicos. Levando em consideração este fator, juntamente com a escassez de dados a nível nacional e no estado do Ceará, salienta-se a veracidade da situação, tornando-se um alerta aos médicos e toda comunidade científica. Agradecimento: CAPES

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Publicado

2021-01-01

Número

Sección

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação