NARRANDO NOSSA HISTÓRIA: TRAJETÓRIAS DE VIDA DE JOVENS NEGROS(AS) EM PERIFERIAS DE FORTALEZA

Autores/as

  • Aldemar Ferreira da Costa
  • Laisa Forte Cavalcante
  • Joao Paulo Pereira Barros

Resumen

Este trabalho tem por objetivo analisar práticas de re-existência ao racismo que atravessam trajetórias de vida de jovens negros/as inseridos em coletivos atuantes em regiões periferizadas de Fortaleza. Nesse sentido, partiremos de diálogos com estudos decoloniais em interface com a psicologia social e estudos sobre juventude e resistência. Para isso, será utilizada uma proposta metodológica de abordagem qualitativa, orientando-se pela perspectiva da pesquisa-inter(in)venção e do método cartográfico. A pesquisa tem como campo de investigação os territórios existenciais que se entrelaçam as trajetórias de vida dos/as participantes e as regiões periféricas da cidade, reconhecidas pelos elevados índices de violência letal, mas que também têm sido lócus de formação de coletivos e intensas mobilizações sociais contra o racismo. A escolha dos participantes será feita entre jovens negros/as, por autodeclaração, da periferia da cidade e de ambos os sexos. Os procedimentos de investigaçãos desta pesquisa envolvem entrevistas narrativas sob o ethos da cartografia sobre trajetórias de vida de jovens negros/as e suas práticas de re-existência frente o fenômeno do racismo. Para a análise de dados, utiliza-se a análise cartográfica, o que significa deixar aparecer as diversas vozes que compõem o fenômeno a partir do acompanhamento e intervenção de processos e fluxos presentes no campo. Nos utilizaremos de fragmentos das narrativas como “cenas analisadoras” para pensar e problematizar expressões do racismo, as práticas de resistências/re-existências e implicações da participação em coletivos sociais nas trajetórias de vida dos/as nossos/as participantes. Problematizar, portanto, as práticas, dispositivos e instituições que mantêm uma lógica colonial-capitalista de produção de subjetividades a partir das trajetórias que se cruzam neste trabalho se mostra como tarefa importante da pesquisa decolonial e na produção de outros possíveis. Agradecemos a CAPES pelo apoio à pesquisa.

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Publicado

2021-01-01

Número

Sección

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação