PSICANÁLISE, TOXICOMANIAS E CONTEMPORANEIDADE: INCIDÊNCIAS DO SIGNIFICANTE E DO GOZO NO CORPO
Resumen
Na contemporaneidade é evidente o crescente uso de drogas. Considerando a relação desse problema com a lógica de consumo impetrada pelo Capitalismo na Pós-modernidade e tomando as considerações freudianas presentes no seu texto “O Mal-estar na cultura”, concebe-se a utilização da droga como uma dos recursos dos quais as pessoas lançam mão para minimizar a vivência do mal-estar na civilização. Refletir-se-á, então, sobre como a Psicanálise pode operar com as questões referentes ao problema da toxicomania na Cultura Pós-moderna articulando as noções de discurso e gozo. Aponta-se as implicações advindas da lógica da Cultura Pós-moderna para o fenômeno da toxicomania enquanto que provoca a disjunção da mescla entre pulsão de vida e pulsão de morte e, portanto, aponta para um gozo para além do princípio do prazer. Articular-se-á o matema do discurso capitalista proposto por Lacan e a toxicomania enquanto manifestação de uma forma de gozo não fálico oferecido pela cultura. A partir do texto Mal-estar na Cultura, evidencia-se como o constrangimento pulsional é resultado da civilização e de como a própria Cultura dita aos sujeitos formas de gozo possíveis. Partiremos, além dos estudos de Freud e Lacan, das contribuições ao tema dadas por Márcio Peter e J. Birman, sobre as relações entre a toxicomania e a Pós-modernidade e discutiremos acerca do gozo implicado na toxicomania - na qual se dá a prevalência de um gozo que se localiza no corpo, um gozo não fálico – e sobre a tese de Jacques-Alain Miller segundo a qual o na toxicomania observa-se a predominância de um gozo auto-erótico, ou melhor: de um gozo autista contemporâneo.Descargas
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Publicado
2021-01-01
Número
Sección
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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