SOBRE AS FORMAS DE VIDA DO LEBENSWELT: ELEMENTOS DE UMA PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA A PATOLOGIZACAO

Resumen

Filiados ao projeto teórico do Sintagma Identidade-metamorfose-emancipacao, de perspectiva de Psicologia Social Critica, pretendemos aqui apresentar elementos para a discussão dos processos histórico em especial os contemporâneos, sobre os processos de patologizacao das sociabilidades humanas. Enquanto um estudo de identidades e suas relativas políticas, analisamos o quanto o adoecimento, sobretudo o discurso da doença mental, capilariza-se na vida cotidiana, tornando objeto e pauta de construção das formas de existir no mundo, materializando-se enquanto modo de reconhecimento inter humano. Desenvolvemos nossos trabalhos a partir dos trabalhos do Sintagma supracitado, pelos autores Ciampa, Almeida e Lima, em diálogo com Teoria Crítica da Sociedade de Habermas. Pelo alcance de nossas discussões a condição identitária da/o doença/doente mental envolve por um lado a sua sintonia aos parâmetros normativos de eficiência, eficácia e funcionalidade dos valores neoliberais, conjugado, por outro lado, a processos seletivos, especialmente morais, de minimização, exclusão dos improdutivos, ineficientes e invisibilidade. Atrelamos também a crítica aos saberes médicos psicológicos que regulam a condição da saúde e doenças às condições neoliberais citadas, endossando a saúde a um prisma positivista ao capitalismo contemporâneo.Com o presente estudo, desejamos contribuir com a construção de estudos e pesquisas sobre processos de adoecimento que considerem o adoecer e o adoecido como sinais da falências neoliberal que na venda da felicidade, produz as condições da minimização humana