COMPARAÇÃO ENTRE A PERCEPÇÃO DE MELHORA DO PACIENTE E DA EQUIPE MÉDICA EM UM ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO FASE III PARA AVALIAR A EFICÁCIA DE UM FITOTERÁPICO EM VOLUNTÁRIOS COM TRANSTORNO DEPRESSIVO.

Resumen

Introdução: O transtorno depressivo maior (TDM) tornou-se uma patologia prevalente na população do século atual. Dada relevância, busca-se, cada vez mais, formular terapêuticas eficazes, com mínimos efeitos colaterais, que auxiliem no tratamento dessa entidade. Objetivo: Comparar a percepção de melhora ao final do tratamento do ponto de vista médico e do voluntário em um estudo clínico randomizado fase III de um fitoterápico para o tratamento do TDM. Metodologia: Estudo quantitativo, documental, retrospectivo, do tipo descritivo com a coleta de dados dos prontuários de pacientes diagnosticados com TDM no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos. Como parâmetros foram usados a ESCALA DE IMPRESSÃO CLÍNICA GLOBAL (numerada de 1 a 8) e a AVALIAÇÃO GLOBAL REALIZADA PELO PACIENTE (numerada de 1 a 7), sendo gradações menores resultados melhores e gradações maiores resultados piores. Resultados: Dos 111 pacientes recrutados, 37 foram descontinuados, logo, 74 participaram da pesquisa. Destes, ao final da pesquisa, ninguém se considerou ou foi considerado pelo médico como “muito pior” ou “acentuadamente pior”. 27 participantes que se consideraram “muito melhor” também foram classificados pela equipe médica como “acentuadamente melhores”. Apenas dois participantes foram classificados com resultados negativos pelo médico, sendo considerados “levemente piores”. Sob a ótica dos voluntários, três deles se consideraram “ligeiramente piores” e um “moderadamente pior”. Ninguém foi considerado pela equipe médica “sem alterações” e dos participantes apenas um se considerou “inalterado”. Conclusão: Apesar de a adesão dos pacientes com TDM ao tratamento ser um desafio, e, por isso, tendem a ter resultados terapêuticos, por vezes, ruins, muitos pacientes que se consideram melhores, estavam, de fato, apresentando melhora clínica. A maioria dos que se consideraram, no entanto, piores, estavam piores clinicamente, estando em sincronia percepção do paciente e avaliação médica.