CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

Resumen

Muitas pessoas vivem situações de angústia por terem pensamentos intrusivos, repugnantes e indesejáveis no seu cotidiano. Na tentativa de se livrar destes pensamentos que trazem ansiedade, medo e culpa, elas realizam comportamentos repetitivos ou repassam argumentos mentalmente, persistindo nesses atos compulsivos durante horas, experimentando um alto grau de desconforto. Estas pessoas possivelmente estão acometidas pelo Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). A principal característica desse transtorno é a presença de pensamentos intrusivos, denominados de obsessões, que invadem a mente do indivíduo portador dessa perturbação psíquica. As obsessões podem apresentar-se como palavras, estímulos impulsivos e até mesmo representações visuais (imagens). Essas intrusões na mente do indivíduo são interpretadas por ele como impróprias, desencadeando ansiedade. Também se observa que o indivíduo que possui TOC pode apresentar rituais compulsivos em resposta aos pensamentos obsessivos, que são denominados de “compulsões”. Frequentemente são apresentados em forma de comportamentos repetitivos, estereotipados ou até mesmo de atos mentais. A crença que o indivíduo tem sobre a realização das compulsões é que elas trazem o benefício de reduzir sua ansiedade. A presença desses sintomas – obsessões e compulsões – traz um impacto significativo na vida do sujeito nos aspectos profissionais, familiares e até mesmo sociais (CORDIOLI, 2008; FERRÃO; FLORÃO, 2010). O TOC pode se manifestar em várias dimensões que são classificadas a partir do conteúdo das obsessões.Dentre elas, podemos citar: medos de contaminação, dúvidas obsessivas, obsessões e compulsões por simetria ou por organização, obsessões de conteúdo agressivo, sexual ou blasfemo (FERRÃO; FLORÃO, 2010). Observando os sintomas vivenciados por um indivíduo que possui TOC, pode-se sugerir que o nível de sofrimento sentido é considerável. E é com o intuito de se livrar da angústia que o sujeito fica “aprisionado” entre suas obsessões