EDUCAÇÃO MÉDICA PARA LIDAR COM QUESTÕES DE RAÇA E ETNIA: EXPERIÊNCIA DE GRUPO DE PESQUISA

Resumen

INTRODUÇÃO No Brasil, as políticas públicas em saúde são pautadas pela equidade, visando a atender as necessidades da diversidade populacional. A população negra, apesar de majoritária, constitui um grupo com várias fragilidades no tocante ao acesso integral à saúde. A pesquisa realizada surge no sentido de compreender e questionar a formação médica no tocante a tais questões. OBJETIVO Relatar atividade de grupo de pesquisa sobre a educação médica no tocante a questões de raça e etnia. MÉTODO O trabalho foi desenvolvido por meio de estudo descritivo de análise documental de Projetos Pedagógicos do cursos (PPCs) de Medicina das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do Nordeste brasileiro, a fim de analisar de que forma tais documentos abordavam questões relativas ao ensino do atendimento em saúde às minorias sociais. Foram analisados 22 PPCs de 13 cursos, por meio da busca, nos documentos, de descritores do DeCS. Utilizou-se instrumento autoelaborado para catalogação de dados e as técnicas de Bardin e de Minayo para análise dos resultados. RESULTADOS Observou-se uma abordagem generalizada de tais questões, fortemente associada a contextos histórico-culturais, como a formação populacional dos locais em que se situavam as Instituições. Além disso, foi comum a presença dos descritores pesquisados em sessões temáticas que discorriam acerca da abordagem transversal do tema ao longo do curso, contudo, sem especificar momentos ou métodos específicos para isso. Como finalização do projeto, o grupo produziu artigo científico submetido para publicação. CONCLUSÃO Concluiu-se que a forma como as questões em estudo são abordadas nos PPCS analisados demonstra uma lacuna na formação médica do Nordeste, gerando déficits futuros no atendimento em saúde a essa população. Sugere-se a ampliação do estudo de forma a contemplar as demais regiões brasileiras e permitir uma análise mais aprofundada sobre o tema.