AGROINDUSTRIAS CAMPONESAS NO CEARÁ: GESTÃO E PROCESSOS PRODUTIVOS EM CONSTRUÇÃO

Resumen

Os camponeses/as tem considerado como a atividades principais na composição da economia dos assentamentos de reforma agrária a produção de alimentos para o seu consumo familiar e a comercialização o mercado interno. Neste sentido, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST do Ceará tem se organizado em estruturas coletivas (Cooperativas Regionais), como estratégia de fortalecimento destas ações faz-se necessário desafiar a organização camponesa a incorporar no processo de luta temas relacionados à produção, aos mercados e aos financiamentos. Acrescentando a esse cenário o debate da agroindustrialização camponesa que é recorrente de algumas décadas, onde vemos a sua construção junto aos territórios camponeses trazendo presente as diversas ações no âmbito da sustentabilidade dos assentamentos de reforma agrária. A referida pesquisa objetiva-se compreender os desafios enfrentados pelas famílias assentadas quando da implantação das agroindústrias em seus territórios, como também sistematizar as experiências dos núcleos de produção agroecológicas com foco na certificação e fortalecimento das agroindústrias. A escolha metodológica nasce da visão social de mundo, da sua ligação com os processos de luta e resistência do campesinato. Como procedimentos técnicos e seus instrumentos, utilizar-se-á: a) a revisão bibliográfica (livros, teses, dissertações, entre outros) e documental em fontes primárias e secundárias; b) realização de entrevistas semiestruturadas; c) pesquisa participante (ações de extensões rurais nas visitas de campo); d) anotações do caderno de campo e e) registros fotográficos. Resulta-se no momento que há o reconhecimento das agroindústrias camponesas como uma das alternativas econômicas para a permanência dos camponeses/as no campo, como também fortalecer suas condições de reprodução com dignidade, garantido o consumo e a formação de excedente para comercialização, chegando à etapa agroindustrial para maior agregação de valor à produção coletiva.