AS FACES DO DEMÔNIO: A TRADUÇÃO FÍLMICA DE O EXORCISTA, DE WILLIAM PETER BLATTY

Resumen

O presente trabalho debruça-se sobre aspectos gerais que dizem respeito ao processo de tradução fílmica do romance O Exorcista (1971), do escritor estadunidense William Peter Blatty, que gerou o longa-metragem de mesmo nome, lançado em 1973 e dirigido pelo também norte-americano William Friedkin. Este estudo configura-se como um balanço prévio de elementos encontrados e analisados na pesquisa de mesmo tema e objetivo desenvolvida no curso de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLETRAS), da Universidade Federal do Ceará, iniciada a partir de maio de 2021, sob orientação do Professor Dr.º Tito Lívio Cruz Romão. Neste sentido, dada a sua importância tanto para o livro como para o filme, o foco desta empreitada concentrou-se na figura do Diabo e sua representação nas duas obras anteriormente citadas, com vistas a esclarecer semelhanças e diferenças na construção do ser demoníaco. Acredita-se que, apesar das particularidades estruturais dos textos e na forma como as narrativas se desenvolvem, O Exorcista e sua respectiva tradução fílmica dialogam com representações presentes no imaginário cristão acerca do Diabo e acrescentam a ele, mesmo que não de maneira intencional, camadas políticas e sociais referentes ao contexto de produção e lançamento das obras. No que tange ao referencial teórico utilizado, recorreu-se aos estudos de Hutcheon (2013), para tratar da tradução fílmica, e de Magalhães e Silva (2012), para embasar as reflexões sobre a figura diabólica. Por fim, em termos metodológicos, este trabalho é classificado como bibliográfico e descritivo, com cunho analítico e abordagem qualitativa, na medida em que serão realizadas apreciações crítico-analíticas do corpus, além da elaboração de resumos, fichamentos e anotações.