GRUPOS DE AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE: HISTÓRIA E POLÍTICA.

Autores

  • NÁgila Nathaly Lima Ferreira
  • Aymée Medeiros da Rocha
  • Carmem Emmanuely LeitÃo AraÚjo

Resumo

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença com evolução crônica e progressiva cujas incapacidades estão relacionadas ao diagnóstico tardio. Os grupos de autocuidado (GAC) em hanseníase são espaços de compartilhamento de experiências que oportunizam o reconhecimento de estratégias de autocuidado visando o fortalecimento biopsicossocial e econômico das pessoas acometidas pela doença e seus familiares. OBJETIVO: Descrever a construção dos grupos de autocuidado no contexto das políticas públicas relativas à hanseníase no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se uma revisão sobre GAC em hanseníase sob a perspectiva histórica e política a partir de 24 publicações do Ministério da Saúde. Foi realizada de outubro a novembro de 2020. RESULTADOS: A partir dos anos 90, o autocuidado foi discutido através da perspectiva da prevenção das incapacidades. Contudo, foi apenas por meio da Portaria Nº 3.125/2010 que aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da hanseníase, que os GAC foram inseridos enquanto componente da política pública. Ainda neste ano, publicou-se o Guia de Apoio para GAC em Hanseníase e a cartilha de Autocuidado em hanseníase: face, mãos e pés, colocando-os como fundamentais na promoção da saúde e favorecendo a atenção integral e humanizada. Apenas em 2020, por meio da Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase (2019-2022) os GAC foram citados dentro das ações estratégicas do Pilar 2 e 3, com recomendação para formação, apoio e fortalecimento destes no território. No decorrer desse período, publicou-se documentos citando a importância do autocuidado, mas sem relaciona-las a formação de GAC. CONCLUSÃO: Apesar do contexto milenar da doença, os GAC são estratégias recentes para o cuidado com pessoas acometidas pela doença, sendo necessário reconhece-los enquanto política pública para discutir sua implementação, financiamento e sustentabilidade, considerando sua relevância no enfrentamento ao estigma e empoderamento dos usuários dos serviços de saúde.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Nathaly Lima Ferreira, N., Medeiros da Rocha, A., & Emmanuely LeitÃo AraÚjo, C. (2021). GRUPOS DE AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE: HISTÓRIA E POLÍTICA. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2158. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/75281

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação