IMPACTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA E NA CAPACIDADE FUNCIONAL

Resumen

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica de caráter sistêmico que é a dificuldade do coração em bombear uma quantidade de sangue para manter as demandas corporais. Com essa redução de aporte sanguíneo circulante, há comprometimentos metabólicos, tissulares e musculares. Objetivo: Analisar o impacto da insuficiência cardíaca verificando se existe influência na qualidade de vida e na capacidade funcional dos cardiopatas. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC atendidos pela Liga de Fisioterapia Cardiovascular no Hospital Universitário Walter Cantídio no período de maio à julho de 2021. A capacidade funcional foi verificada pelo teste da caminhada dos 6 minutos (TC6). A força muscular periférica foi realizada avaliando-se a força de pressão palmar por um dinamômetro manual. O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Foram avaliados 39 indivíduos, com média de idade de 62±14 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59%, n=23), e destes 12 (31%) encontravam-se na classe funcional do New York Heart Association (NYHA) entre 3 e 4. No TC6 foi verificado uma redução de 12% na distância percorrida quando comparada a esperada (p=0,023) e na força muscular periférica, essa redução foi de 25% (p=0,000) no membro dominante quando comparado de 19% (p=0,000) no membro não dominante. Quando realizadas as correlações, não foi observado correlação entre a capacidade funcional e a força muscular periférica (r= ,269, p=0,136; r= ,237, p=0,184), respectivamente, membro dominante e não dominante. Conclusão: A IC gera um impacto negativo sobre a qualidade de vida repercutindo na redução da força muscular periférica e na independência funcional dos indivíduos avaliados sendo indispensável o acompanhamento progressivo para demonstrar prognóstico desta população.