Uso do Instagram para ensino de Semiologia Médica na Universidade Federal do Ceará – Campus Sobral, na pandemia de COVID-19: relato de experiência e revisão integrativa.

Resumen

Introdução: Dentre os recursos para minimizar o impacto da pandemia de COVID-19 no ensino, a monitoria de Semiologia Médica da UFC/Sobral utilizou o Instagram©, facilmente acessado por smartphones, responsáveis por 97% do acesso à internet no Brasil. Foi criada conta específica, solicitando-se que, semanalmente, os alunos postassem vídeos executando as manobras do sistema em questão, com o monitor comentando as postagens e dando feedback sobre a execução, podendo tanto os vídeos quantos os comentários ser vistos pelos demais alunos. O perfil funcionou entre agosto e outubro de 2020, como prática da monitoria para 4 alunos da disciplina. Objetivo: Analisar a utilização mídias sociais na Educação Médica a partir da literatura especializada. Metodologia: Revisão integrativa por meio do PubMed, utilizando os descritores social media e medical education. Encontrou-se 756 artigos, mas apenas 5 foram selecionados com base nos critérios de inclusão/exclusão. Resultados: Os pontos positivos observados foram o engajamento e o incentivo à criatividade. O uso de mídias sociais já está em vigor no ensino especializado. Um estudo explora o uso desses recursos para ensino e troca de experiências em cirurgia minimamente invasiva, em que há produção e disponibilização de vídeos dos procedimentos para fins educacionais. Entretanto, os estudos indicam que podem surgir alguns obstáculos na implementação desses recursos, como problemas técnicos, propensão à adicção e à distração. Conclusões: As mídias digitais são importante forma de aprimorar o engajamento e o aprendizado dos alunos no ensino remoto emergencial. Contudo, deve-se buscar formas de minimizar os possíveis prejuízos citados, além de que essa estratégia necessita de mais estudos que mostrem sua eficácia.