A CRÍTICA À RELIGIÃO EM MARX
Resumen
Pretende-se abordar a crítica à religião no pensamento de Karl Marx, que não possui uma preocupação propriamente dita com a religião. Ao contrário do que o senso comum costuma disseminar a seu respeito como contrário à religião, o autor não formulou nenhum tratado específico em relação à mesma. Tampouco há, nas reflexões não sistematizadas de seu pensamento sobre o tema religioso, uma teoria acerca da religião. Pode-se então dizer que Marx não tem uma preocupação antropológica, mas sim social com a religião. Que é a religião? Ela é um fenômeno social e como tal o que interessa é sua interferência na vida dos indivíduos, ou seja, as consequências da religião no âmbito social-político, na vida comunitária, coletiva. Se a religião como criação humana, manifestada historicamente nas sociedades, pode condicionar os homens a uma situação de idolatria, de fanatismo, de obscurantismo e de cegueira de sua realidade, ela deve ser vivenciada de maneira privada em relação ao Estado. O ensaio A questão judaica, de 1843, obra de Marx, auxiliará na compreensão da análise feita acerca da religião efetivada na conjuntura social e política. Na referida obra, Marx dialoga criticamente com Bruno Bauer, que aborda a questão da emancipação política limitado à crítica da religião. Bauer não consegue enxergar que, segundo Marx, o problema está além, ou seja, é preciso colocar no lugar da crítica ao Estado teológico, coisa que Bauer faz, a crítica ao Estado profano, isto é, político, o que Bauer não faz. Isso denota que a emancipação humana não é um problema fundamentalmente religioso, mas sobretudo social.Descargas
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Publicado
2022-01-01
Número
Sección
XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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