PROJETO DE EXTENSÃO LASER ORAL – PACIENTES ONCOHEMATOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA COM LUZ DE BAIXA INTENSIDADE NA PREVENÇÃO E/OU TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL E OROFARÍNGEA

Resumen

Os protocolos quimioterápicos e a ablação necessária ao transplante de células tronco-hematológicas (TCTH) apresentam efeitos adversos na boca, como a Mucosite Oral (MO), devido a intensa imunossupressão desses tratamentos. Essa lesão promove uma inflamação aguda das mucosas, caracterizada por irritação/dor e eritema e, quando severa, por lesões ulcerativas, levando a limitações de alimentação, deglutição e fonação, diminuindo a qualidade de vida do paciente. A fotobiomodulação tem se mostrado uma terapia eficaz na prevenção e tratamento da MO, atuando na reparação e regeneração tecidual de forma não invasiva. O Projeto de Extensão Laser Oral, iniciado em 2018, tem como objetivo o atendimento a pacientes oncológicos do Hospital Universitário Walter Cantídio em tratamento quimioterápico de neoplasias hematológicas e pacientes que são submetidos ao TCTH. A aplicação diária de laserterapia de baixa potência preventiva e/ou terapêutica para MO, ao início do protocolo quimioterápico até o D+10 ou, se evoluíram para a MO, até involução é realizada. É utilizado o laser de baixa potência, Therapy XT (DMC) com o Vermelho(V) (660nm) e Infravermelho(IV) (808nm) à 100mW. As aplicações são pontuais, 2J,V, preventivo, em mucosa jugal 3 pontos (P), em borda lateral de língua (5P), em assoalho (3P) e região de palato (3P). O terapêutico é de 2J, V e/ou 4J, IV (se dor intensa) na extensão da lesão. No período de Janeiro/2021 até Junho/2022, foram atendidos 199 pacientes, sendo 81 da HEMATOLOGIA e 118 do TCTH, 69 evoluíram com MO (35%), sendo 25 pacientes com MO Grau I, 33 com Grau II e 11 com Grau III, apresentando regressão em até 10 dias de tratamento. Diante disso, ressalta-se a importância do projeto, uma vez que a laserterapia traz resultados efetivos e reduz a incidência das lesões de MO, diminuindo o tempo de internação do paciente, promovendo qualidade de vida e retratando a importância da terapia no manejo da MO nesses pacientes.