A VISÃO DE CARL ROGERS SOBRE CIÊNCIA E CLÍNICA: APONTAMENTOS PARA UMA POSTURA CIENTÍFICA

Autores/as

  • Virgilio Soares Luna Coelho
  • Paulo Coelho Castelo Branco

Resumen

Em sua gênese, a Psicologia Humanista caracterizou-se por uma oposição ao Behaviorismo e à Psicanálise ao considerar o ser humano como um agente livre e autônomo capaz de compreender sua experiência e orientar-se de acordo com seus objetivos. Isso se mantém, com variações específicas, no pensamento de Carl Rogers e na Terapia Centrada no Cliente (TCC). Objetiva-se, neste estudo, compreender como Rogers lida com a contradição entre sua postura clínica voltada a uma unidade de vivência cuja base encontra-se em uma experienciação e sua atitude científica, influenciada pelo positivismo lógico, que objetiva descrever com certo grau de exatidão os fenômenos da terapia e suas relações para que se possa sustentar provisoriamente hipóteses, o que embasa uma previsibilidade probabilística. A partir disso, discute-se o dilema epistemológico da Psicologia Humanista em utilizar os métodos clássicos das ciências, posicionando-se com a ciência moderna e seus pressupostos, ou propor uma nova visão de ciência e novos métodos, o que circunda tais problemáticas da TCC e do pensamento de Rogers. Para realizar tal estudo, fez-se uma revisão bibliográfica. Conclui-se que a resposta de Rogers à contradição entre sua clínica e sua investigação científica adiciona ao debate a consideração dos elementos subjetivos que constituem a prática científica, contrapondo-se a uma perspectiva da ciência como impessoal, mas não responde por completo o dilema epistemológico da Psicologia Humanista, a qual parece manter-se cindida científica e metodologicamente.

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Publicado

2022-01-01

Número

Sección

XXXI Encontro de Iniciação à Docência