ECOFISIOLOGIA DE PLANTAS NATIVAS: RECONHECIMENTO DE TRÊS DIFERENTES ESTRATÉGIAS EM RESPOSTA À SECA
Resumen
Em regiões de clima semiárido, eventos de seca são bastante frequentes e de longa duração devido à diminuição na precipitação e aumento na temperatura. Embora as espécies de plantas dessas regiões sejam bem adaptadas ao estresse hídrico, efeitos negativos podem ser observados. Por exemplo, o fechamento estomático evita a perda de água por transpiração, porém, reduz a fotossíntese. Essa diminuição na fotossíntese pode causar redução no crescimento e aumento da mortalidade. Neste contexto, selecionamos três espécies com diferentes padrões de distribuição e abundância no semiárido do Ceará, com o objetivo de entender o comportamentos fisiológicos e as estratégias relacionadas à seca. A partir de sementes coletadas produzimos 90 mudas por espécie. As mudas foram submetidas à dois tratamentos: Controle (rega contínua) e seca (sem rega). Mesuramos durante 14 dias em intervalos de 48 horas a taxa de fotossíntese máxima (Amax), condutância estomática (gs) e o potencial hídrico foliar (Ψ). As espécies selecionadas para este estudo foram: Aspidosperma pyrifolium (ampla distribuição e alto número de indivíduos em áreas mais secas); Poincianella bracteosa (ampla distribuição e redução no número de indivíduos em áreas mais secas) e Croton blanchetianus (ampla distribuição e ausência de indivíduos em áreas mais secas). A. pyrifolium foi a espécie com menor sensibilidade a seca, a taxa de fotossíntese zero devido ao fechamento estômatico ocorreu em oito dias, enquanto em P. bracteosa e C. blanchetianus ocorreu em seis e dois dias, respectivamente. O maior tempo de abertura estomática em A. pyrifolium e P. bracteosa durante à seca reduziu o Ψ à -5.1 e -4.2 MPa, respectivamente. Em C. blanchetianus o rápido fechamento dos estômatos reduziu o Ψ apenas à -3.25 MPa. Em todas as três espécies o crescimento foi negativamente afetado sob seca. Embora as espécies tenham apresentado diferentes estratégias fisiológicas à seca, todas exibiram taxa de mortalidade de 100% após 100 dias.Descargas
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Publicado
2017-11-08
Cómo citar
Oliveira Arruda, V. T., Cruz de Souza, B., Tavares, M. T., Zandavalli, R. B., & Soares de Araujo, F. (2017). ECOFISIOLOGIA DE PLANTAS NATIVAS: RECONHECIMENTO DE TRÊS DIFERENTES ESTRATÉGIAS EM RESPOSTA À SECA. Encontros Universitários Da UFC, 2(1), 5102. Recuperado a partir de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/30126
Número
Sección
II Encontro de Iniciação Acadêmica
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