VESTIR ESCULTURAS VIVAS: UMA EXPERIÊNCIA SENSÍVEL QUE APROXIMA A MODA DO CORPO NO MUNDO

Resumo

Introdução: Ingressei na UFC no Curso de Moda em 2017, fui contemplada com bolsa BIA e alocada no Instituto de Educação Física e Esportes (IEFES). Desde o primeiro contato que tive com o projeto de extensão De Corpos do Mundo, achei muito interessante a proposta de vermos a nós, o outro e o mundo com todos os sentidos. A visita ocorre no escuro e convida a perceber o que está ao nosso redor de uma forma mais completa e complexa. No curso de Design de Moda praticamente tudo, senão tudo, com o que trabalhamos está quase que diretamente relacionado à visão, então quando cheguei no projeto e percebi que a principal característica da exposição eram os olhos vendados fiquei muito surpresa. Foi quando a Professora orientadora Tatiana Zylberberg propôs que eu desenvolvesse um figurino tátil para as esculturas-vivas da exposição. Isto é, além de esculturas nas paredes e em bases, o projeto tem um cubo de lycra e dentro dele, duas ou três pessoas, ficam a espera de serem tocadas e de tocarem. Objetivo: Produzir figurino tátil para esculturas vivas do projeto De Corpos no Mundo. Metodologia: Pesquisei possibilidades de estimular o toque, para despertar diferentes sensações. Durante o processo de desenvolvimento e pesquisa pensei em vários aspectos da roupa, como o material a ser utilizado para a construção da peça e seu acabamento, com o auxílio de diversos materiais, como por exemplo: isopor, cordas, peças de quebra-cabeça, caixinhas de papelão. Considerações finais: Após o primeiro dia de uso da roupa me deparei com o questionamento sobre a manutenção e o processo de lavagem. Conversando com a professora sobre a situação surgiu à ideia de apenas higienizar a peça utilizando um vaporizador de roupas, este é um exemplo de questões técnicas que foram incorporadas nas experiências da bolsa. Foi interessante perceber como guia da exposição, a intensa reação emocional que o figurino tátil pode ocasionar em cada pessoa.