A NARRATIVA DE VIDA COMO INSTÂNCIA LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DE (AUTO)(TRANS)FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

  • Francisco Rogiellyson da Silva Andrade
  • Priscila Sandra Ramos de Lima
  • Dannytza Serra Gomes

Resumo

O estudo tem como objetivo principal analisar como a narrativa de vida propicia a (res)significação das concepções de leitura emergentes na narração de uma professora pedagoga, que, à época em que foi entrevistada, ainda era estudante de graduação em Pedagogia. Para isso, partimos das considerações teóricas de Kleiman (1997), Silva (1999), Koch; Elias (2012) e Braggio (1992), autores que sintetizam as principais concepções de leitura que norteiam as ações pedagógicas no âmbito do ensino dessa habilidade. Metodologicamente, estabelecemos diálogo entre a etnossociologia de Bertaux (2010) e a abordagem clínica de coleta e análise de dados proposta por Vasconcelos (2005), defendendo uma metodologia que adota como objeto de análise narrativas de vida numa perspectiva indutiva de construção de hipóteses, com base nos estudos de caso. A análise demonstra que as experiências da professora, em sua narração, foram traumáticas, pois eram somente uma maneira de avaliar a interpretação. Em decorrência disso, as discussões teórico-metodológicas acadêmicas (res)significam a maneira como a professora seleciona atividades para trabalhar a leitura. Conclui-se que a formação do docente de língua deve se pautar em instâncias linguístico-discursivas catalizadoras, a fim de prover ao sujeito em formação a (res)significação de suas representações sobre ensino. A narrativa de vida, em nossa defesa, é um desses dispositivos que possibilitam uma formação docente inicial e continuada alteritária e eficiente para a análise do docente sobre o que ele diz e faz.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação