PREVALÊNCIA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS ATENDIDAS NA REDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE

Authors

  • Lorena Nogueira Frota da Costa
  • Victória Freitas Vieira da Cunha
  • Dionizia Lorrana de Sousa Damasceno
  • Cláudia Machado Coelho Souza de Vasconcelos
  • Mônica Cardoso Façanha
  • Monica Cardoso Facanha

Abstract

Considerada como uma das principais causas de morbi-mortalidade em todo mundo, a insegurança alimentar está intimamente associada à epidemia do HIV. Estima-se que aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo carece da disponibilidade de alimentos suficientes, mostrando que a prevalência de insegurança alimentar em pessoas que vivem com HIV/AIDS é particularmente elevada. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de insegurança alimentar em pessoas que vivem com HIV/AIDS atendidas na rede pública no município de Fortaleza-CE. Trata-se de estudo descritivo da prevalência da insegurança alimentar. Para a realização do estudo foram feitas entrevistas individuais com 359 pacientes nos ambulatórios de HIV/AIDS. Durante a entrevista foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar com 15 perguntas de sim ou não, a qual atesta a segurança alimentar e classifica a insegurança em leve, moderada e grave. Encontrou-se uma prevalência de 51,53% de insegurança alimentar sendo 37,88% leve, 10,31% moderada e 3,34% grave. Os achados deste estudo de insegurança alimentar foram de elevado percentual (51,53%) para amostra, o que pode ser constatado ao comparar os dados com a Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios (PNAD), a qual trouxe que até 2013 havia um percentual de 25,8% de pessoas no Brasil que estavam vivendo em insegurança alimentar, sendo que destas 17,1% estavam em insegurança leve, 5,1% em moderada e 3,6 % em grave. Os resultados encontrados neste estudo são maiores que os apresentados em nível de Brasil, exceto no quesito insegurança grave que foi similar. Já quando comparamos à região Nordeste os valores se aproximam ao total encontrado de 38,1% de insegurança alimentar, 23,6% de insegurança leve, 8,9% de moderada e 5,6% de grave. Diante da alta prevalência de insegurança alimentar encontrada, propõe-se mais ações de políticas públicas para garantir a segurança alimentar e nutricional desta população.

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Published

2021-01-01

Issue

Section

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação