ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS COMO FATORES IMPORTANTES NA INCIDÊNCIA DE ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA (ADC) EM IDOSOS

Autores

  • Carlos Leandro Pontes de Sousa
  • Raysa Oliveira Maciel
  • Thayres Marinho Cunha e Silva
  • Maria Amanda Silva de Araújo
  • Arthur Vieira Santos
  • Silvia Maria Meira Magalhaes

Resumo

A anemia é uma condição de incidência crescente em idosos, sendo atualmente considerada um problema de saúde pública. A definição de anemia obedece aos critérios da Organização Mundial de Saúde: menos que 12g/dL de hemoglobina (Hb) para mulheres e menos de 13 g/dL para homens. Dentre as etiologias mais prevalentes destacam-se as causas nutricionais e a anemia da doença crônica (ADC). A ADC tem patogenia multifatorial e o diagnóstico geralmente requer a presença de doença inflamatória crônica, como infecção, doença autoimune, doença renal ou câncer. Observa-se um aumento na expressão de citocinas pró-inflamatórias e da hepcidina, um hormônio responsável pela regulação do ferro. Com isso, há uma deficiência funcional de ferro levando a uma anemia hipoproliferativa microcítica ou normocítica. As alterações do sistema imune nos idosos(imunosenescência) provocam um estado pró-inflamatório crônico que contribui para o desenvolvimento da anemia da doença crônica. Diante disso, foram analisados alguns aspectos epidemiológicos em pacientes idosos portadores de ADC e em um grupo controle. O estudo contou com 170 idosos, sendo 90 portadores de ADC acompanhados pelo Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará e 80 idosos voluntários sadios. A média de idade dos portadores de ADC foi de 73,9 anos, sendo que 71 (78,9%) são mulheres e 19 (21,9%) são homens. Vale salientar que todos possuem pelo menos uma comorbidade e, em geral, polifarmácia. Independentemente do sexo, 16 (17,7%) são fumantes e 12 (13,35%) ingerem álcool. Além desses dados foram coletados e planilhados dados laboratoriais de avaliação para doenças infecciosas, auto-imunes, metabólicas, nutricionais e hormonais. Um estudo dos níveis séricos de citocinas inflamatórias e hepcidina está em curso. Essa pesquisa conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica