ENZIMA PARAOXONASE-1 COMO MARCADOR DE RISCO CARDIOVASCULAR - COMPARAÇÃO ENTRE JOVENS BRASILEIROS E AFRICANOS

Autores

  • Mac Dionys Rodrigues da Costa
  • Bruna Ribeiro Duque
  • Mateus Edson da Silva
  • Glautemberg de Almeida Viana
  • Maria Goretti Rodrigues de Queiroz
  • Tiago Lima Sampaio

Resumo

Introdução: As dislipidemias são caracterizadas pela presença de níveis elevados de lipídios, principalmente o colesterol. Este fenômeno predispõe para as Doenças Cardiovasculares (DCV) e seu diagnóstico apenas por meio das dosagens do perfil lipídico possui limitações. Dessa forma, faz-se necessário lançar mão de marcadores sensíveis e específicos que avaliem não somente a quantidade, mas principalmente, a funcionalidade das Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL) e das Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL). Nesse sentido, a enzima Paraoxonase-1 (PON1) vem sendo relatada na literatura como um marcador bioquímico da capacidade antioxidante da HDL, exibindo propriedades antioxidantes e antiaterogênicas por hidrolisar o colesterol da LDL oxidado e produtos da peroxidação de fosfolipídios. Contudo, a genética é um fator determinante no comportamento desses marcadores. Objetivo: Comparar o risco cardiovascular entre jovens brasileiros e africanos por meio da atividade da enzima PON1. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal que utilizou 301 jovens saudáveis (156 brasileiros e 145 africanos) e teve aprovação pelo comitê de ética. A atividade enzimática hidrolítica da PON1 foi medida pela conversão do Paraoxon em p-nitrofenol e dietilfosfato, empregando-se como substrato o composto puro Paraoxon (O,O dietil-O-paranitrofenol fosfato). A taxa de formação do p-nitrofenol foi determinada por espectrofotometria a 37°C e analisada a 405 nm por um autoanalisador Cobas Mira Plus. Resultados: A atividade da PON1 (em nmol.min-1.mL-1) foi obtida para cada nacionalidade separada pela variável sexo: brasileiros (masculino 82,34 ± 38,64 e feminino 81,51 ± 40,35) e africanos (masculino 105,18 ± 43,16 e feminino 105,81 ± 45,22). Após análise do Modelo Linear Geral a nacionalidade teve diferença significativa de p<0,001. Conclusão: Os africanos apresentaram maiores níveis de atividade enzimática antioxidante e, consequentemente, menor risco cardiovascular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica