ESPACIALIZAÇÃO E AUTOCORREÇÃO ESPACIAL DOS CASOS E ÓBITOS DE COVID-19 EM FORTALEZA, CEARÁ, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2020 A ABRIL DE 2021

Resumo

No Brasil e nos demais países em desenvolvimento, os processos de urbanização de crescimento demográfico aconteceram de forma muito rápida. Atualmente, a crise da COVID-19 se configura como um dos maiores problemas o mundo vem enfrentando e atinge todas as camadas da sociedade. A contaminação pelo vírus encontra, principalmente nas grandes cidades, como é o caso de Fortaleza, diversos vetores de contaminação, como a concentração de pessoas e os deslocamentos entre espaços do município. De janeiro de 2020 a abril de 2021, Fortaleza registrou mais de 130.00 casos e 7.000 óbitos confirmados pela doença, reforçando a auta intensidade de transmissão. Assim, o trabalho visa analisar a autocorrelação de casos e óbitos confirmados de COVID-19 em Fortaleza, buscando entender o padrão de distribuição da doença na cidade. Nesse contexto, foram utilizados dados de casos e óbitos pelo novo coronavírus disponibilizados pela Plataforma de Transparência da Saúde do Ceará, Integra SUS, durante o período de janeiro de 2020 e abril de 2021. Para sua realização utilizou-se da Análise Exploratória de Dados Espacial (AEDE), com a construção dos Índices de Moran Global e os Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA), constituindo um estudo ecológico através da estatística espacial. Os resultados mostram que, em todas as análises, os bairros centrais da cidade concentram, com maior expressividade, espaços de autocorrelação espacial de padrão Alto-Alto, havendo pequenas áreas de transição do padrão Baixo-Alto. Já a zona leste da cidade, na análise de casos e óbitos, observa-se os padrões Baixo-Baixo e Alto-Baixo. Dessa forma, o estudo da autocorreção espacial e espacialização da doença mostra-se fundamental para o entendimento de como a doença se espacializa no território de Fortaleza.