PESSOA, EXPERIÊNCIA E TEMPORALIDADE NA VIVÊNCIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER: DISCURSO SOCIAL, DIAGNÓSTICO E NARRATIVAS

Resumo

A presente pesquisa trabalha a questão da Doença de Alzheimer (D.A.) a partir de um olhar socioantropológico, levando em consideração as noções de pessoa, memória, velhice, esquecimento e temporalidade. Num diálogo com a saúde, tentamos deslindar uma compreensão socioantropológica de uma doença cuja diagnóstico tem se tornado intimamente ligado ao cuidado dos idosos na contemporaneidade, sendo assim, buscamos compreender essa doença através das vivências e experiências vividas durante o diagnóstico, os cuidados do sujeito portador da doença e analisar os discursos sociais acerca do assunto e da implementação de políticas de prevenção e tratamento da doença. Além disso, a Doença de Alzheimer nos ajuda assim a pensar sobre impasses nas formas de subjetivação na contemporaneidade, como também nas questões acerca da perda de autonomia, das rupturas biográficas e do eu, das crises geracionais, do isolamento e da solidão. Para a atual etapa da pesquisa, elegemos como metodologia um mapeamento feito no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES/MEC, no qual as palavras Alzheimer, velhice, esquecimento, memória e temporalidade foram pesquisadas no campo de assuntos, e passaram por um recorte temporal de 2000 a 2020, contemplando as áreas do conhecimento da Antropologia, da Sociologia, da Psicologia e do Serviço Social. As evidências deste levantamento nos permitem apontar que a temática da D.A. abordada pelas áreas de conhecimento escolhidas focam nas questões de tratamento e diagnóstico e sobre a vivência dos familiares e dos cuidadores. Tais estudos estão buscando cada vez mais um discurso interdisciplinar, para buscar uma melhor compreensão sobre a doença. Agradecemos ao CNPq (PIBIC/UFC) que financia esta pesquisa.