CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA DE RESÍDUO DE FUNDO DE TANQUES DE CARCINICULTURA SALINA

Resumo

O avanço da carcinicultura das regiões estuarinas e interiores no sertão tem ocorrido de forma significativa, principalmente nas proximidades de afluentes. Quando mal manejadas podem causar eutrofização, devido ao excesso de nutrientes aportado durante o ciclo produtivo, além de potencialmente elevar os níveis de salinização da água dos rios e aquíferos. A reutilização dos resíduos dos tanques pode evitar tais problemas, porém, para chegar a possíveis formas de reutilização desses resíduos é necessário a caracterização. O objetivo do trabalho foi caracterizar a físico-química espacial dos resíduos coletados. As amostras foram coletadas de dois tanques de produção comercial. De cada tanque foram coletadas três amostras do solo em pontos diferentes. As análises foram realizadas nos laboratórios de Pedologia do Departamento de Ciências do Solo e Laboratório de Relação Solo, Planta e Água no Departamento de Engenharia Agrícola, ambos na Universidade Federal do Ceará (UFC), as extrações seguem metodologias padronizadas da Embrapa. Na avaliação química observam-se as seguintes médias para o tanque 1, pH: 7,9; condutividade: 12,7 dS/m, Ca2+: 32,0 cmolc/Kg, Mg2+:18,1 cmolc/Kg, Na+: 14,6 ppm, K+31,4 ppm e Nitrogênio total: 1,8 g/kg. No Tanque 2 pH: 8,0, condutividade:14,5 dS/m; Ca2+:40,1 ppm; Mg2+: 24,3 ppm; Na+:38,1 ppm; K+ :33,9 ppm; Nitrogênio total: 2,9 g/kg. A Classificação textural foi areia franca para ambos os tanques. De acordo com os dados conclui-se não haver diferença entre os tanques, todavia verificou-se potencial de condicionar o solo e disponibilizar nutrientes devido aos elevados teores identificados e a carga orgânica.