CLUBE DO FILME DECOLONIAL: O RECURSO ARTÍSTICO COMO UMA ESTRATÉGIA DE RUPTURA DA EPISTEMOLOGIA COLONIAL EM PSICOLOGIA

Autores

  • Alana Maria Lobo de Queiroz Pinheiro
  • Aline Paiva Martins
  • Antonio Angelo Lopes Alves
  • Antonio Caio Renan Silva Penha
  • Bruno Souza Barbosa
  • Liana Rosa Elias

Resumo

A arte sempre foi utilizada como uma forma de promoção de discussões relacionadas à realidade dos indivíduos que a constroem. Dessa forma, no semestre de 2022.1, os bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram, através do Eixo de Estudos Decoloniais, o projeto “Clube do Filme Decolonial" que utiliza a arte para discutir decolonialidade e negritude. O projeto tem como objetivo expor a percepção da potência da arte como um instrumento de quebra da norma epistemológica que embasa as discussões em cursos universitários, a qual foi construída e ainda é utilizada a serviço de uma estrutura de poder colonial, reproduzindo discursos que oprimem e configuram preconceitos. O Clube foi desenvolvido a partir da apresentação de curta-metragens relacionados às temáticas escolhidas como, por exemplo, afrofuturismo, identidade e raça, infâncias negras, feminismos negros e gênero, sexualidade e raça. O projeto ocorreu presencialmente na sala do PET e em cada encontro foram apresentados dois curtas relacionados à temática do dia. Após exibir os curtas era iniciada uma discussão grupal que partia da temática central e que poderia se desdobrar em outras. O Clube teve uma adesão considerável de 24 pessoas de diversos cursos da UFC e também pessoas de fora da universidade. Nas discussões que aconteciam após a exibição dos curtas várias pessoas traziam suas bases teóricas, mas também traziam suas vivências, o que tornou o projeto também um local de acolhimento e de apoio. A partir disso, conclui-se que discussões à partir da arte auxiliam na construção de um pensamento crítico e constrói sujeitos capazes de realizar reflexões e intervenções baseadas em epistemologias comprometidas com sua realidade social e com isso criar redes de apoio, fortalecendo grupos marginalizados e favorecendo uma atuação em psicologia mais territorializada e atenta às especificidades dos sujeitos com quem se trabalha.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

IX Encontro de Programas de Educação Tutorial