ADIPOSIDADE CORPORAL DE ADULTOS BRASILEIROS SAUDÁVEIS AVALIADOS POR DOIS MÉTODOS ACURADOS

Autores

  • Fabia Karine de Moura Lopes
  • Larissa Luna Queiroz
  • Luana Matos de Souza
  • Renan Magalhães Montenegro Júnior
  • Virginia Oliveira Fernandes

Resumo

Introdução: O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta prática, amplamente utilizada para determinar se o peso está adequado, no entanto, sua capacidade de avaliar adiposidade é limitada. Há uma diversidade de métodos para avaliação da composição corporal, sendo a absorciometria por dupla emissão de raios-x (DXA) considerada método de referência na prática clínica. Entretanto, dados da população de adultos brasileiros são escassos, utilizando novas tecnologias. Objetivo: Avaliar a adiposidade corporal de indivíduos saudáveis, comparando os dados obtidos por impedância bioelétrica (BIA) com DXA. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado na Unidade de Pesquisa Clínica do complexo hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), entre 2019 a 2021. Participaram voluntários saudáveis, sendo excluídos gestantes, usuários de marca-passo, corticoide ou outros fármacos interferentes e/ou com antecedente de cirurgia plástica. Foram aferidos peso e altura, e calculado o IMC, além da avaliação da adiposidade corporal por BIA e DXA. As associações entre adiposidade corporal medidas por DXA e BIA foram estimadas usando o coeficiente de correlação intraclasse, sendo considerado excelente valores acima de 0,75. Os dados foram analisados através do software Jamovi® e, em seguida, dispostos no diagrama de dispersão Bland-Altman. Os dados foram apresentados como porcentagem, mediana, média ± desvio padrão (mínimo – máximo). Resultados: Foram analisados 382 indivíduos, com predomínio de mulheres (55,8%), mediana da idade de 28,9 anos (18-62 anos), com IMC médio de 24,9 ± 3,7kg/m2. Quanto ao percentual de gordura (%G) avaliado pela BIA e DXA, a média foi 28,0±9,5% e 31,7±8,4%, respectivamente (p< 0,001). Foi observada excelente correlação entre %G encontrado pelos métodos (0,964). Conclusão: A BIA se mostrou acurada quando comparada a DXA, o que favorece o seu uso na prática clínica, considerando o melhor custo e praticidade.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação