IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO SOBRE OS ECOSSISTEMAS DE MANGUE E OS DESAFIOS SÓCIO – AMBIENTAIS – CASO DA COSTA DO SOL (MAPUTO – MOÇAMBIQUE).
Resumo
Os ecossistemas costeiros do mundo estão enfrentando uma pressão significativa. Uma combinação de mudanças geográficas nos assentamentos, população em crescimento exponencial e a mudança climática estão causando alterações consideráveis nos usos da terra (Din, 2001). A rápida degradação desse tipo de ecossistema devido a ação antropogénica vem impulsionado a liberação do dióxido de carbono, lançando um desafio para os formuladores de políticas e gestores de terras (Din et al., 2017). A pesquisa foi realizada através de análise e interpretações de dados primários, obtidos pela visita de campo, fotointerpretação de imagens de satélites dos últimos 20 anos e os secundários através da revisão da bibliografia. As principais áreas urbanas de Moçambique encontram-se nas regiões costeiras e são apontadas como uma das fontes de esgotamento dos manguezais. Deste modo torna os estudos relacionados as dinâmicas e mobilidade urbana em áreas costeiras particularmente no mangue de vital importância para a definição de estratégias de conservação e proteção, de modo a minimizar os riscos de extinção e na mitigação dos eventos climáticos adversos que afetam as comunidades costeiras e os demais. A área costeira da costa do sol em Maputo esta no centro da pressão imobiliária de alta renda detentora de um poder económico e político que está acima das leis de proteção e conservação das áreas protegidas, o que vem aumentado a área perdida. De 2004 até o ano de 2021 houve uma perda de 16000m2 ocupados na sua maioria por residências de alto padrão e centros comerciais de luxo. Provocando o aumento das áreas soterradas e regiões inundadas em períodos chuvosos, acrescendo os efeitos ambientais negativos. Os planos de desenvolvimento urbano devem estar alinhados com os programas de proteção e conservação do meio de modo que possam manter o seu papel vital na diminuição dos eventos atmosféricos nocivos ao ser humano e no fornecimento de outros serviços ecológicos emprestados a sociedade.Downloads
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Publicado
2022-01-01
Edição
Seção
XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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