PANTAGRUEL E GARGÂNTUA: A LITERATURA DO RENASCIMENTO PELA PERSPECTIVA SATÍRICA DE FRANÇOIS RABELAIS

Resumo

O presente trabalho foi concebido a partir de um seminário realizado na disciplina de Literatura Francesa IV do Curso de Letras - Português e Francês da Universidade Federal do Ceará. O objetivo desta exposição é fornecer, de modo não exaustivo, elementos para o acesso à linguagem e ao estilo da obra de François Rabelais (1494-1553). Durante a disciplina, realizamos uma breve análise dos livros Pantagruel (1532) e Gargântua (1534) sob a perspectiva do texto literário que esboçaria os primeiros traços do romance - enquanto forma narrativa contemporânea - com um tom humorístico e satírico. A metodologia deste trabalho é bibliográfica. As obras mencionadas acompanham o percurso de dois personagens principais cuja característica física mais evidente é o tamanho: tratam-se de gigantes. A narrativa não se limita às suas aventuras e denuncia os abusos cometidos pela igreja, assim como tece severas críticas às guerras e à educação da época. Com o intuito de explorar tais elementos, propomos a análise de fragmentos de Pantagruel, considerando a construção de itinerários de interpretação dos seus aspectos formais e temáticos (Auerbach,2021). Para realizar tais tarefas, seguimos as seguintes etapas: I) realizamos uma breve contextualização do século XVI na França, II) apresentamos o autor e a sua quintologia e III) analisamos três trechos da obra, considerando os eixos temáticos da educação, da guerra e da corrupção.