UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA PARTICIPATIVA DE DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL PARA AVALIAÇÃO DE POTENCIAIS IMPACTOS DE PARQUES EÓLICOS OFFSHORE

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo analisar, através de uma proposta metodológica de diagnóstico participativo, os possíveis impactos socioambientais ocasionados através da instalação de empreendimentos eólicos offshore. A metodologia aponta certas medidas referentes a um diagnóstico socioambiental participativo, por meio do Mapeamento Social do Mar e na realização de uma matriz estratégica - SWOT, que corresponde aos aspectos de avaliação de indicativos internos e externos da comunidade local, e que podem fazer parte do processo de siting, com o intuito de minimizar conflitos e possíveis impactos de escalas locais e mais abrangentes. A estrutura metodológica é dividida em três etapas sistemáticas, a de planejamento e mobilização do público-alvo, consistindo na etapa de pré-oficina. Seguido para a etapa de execução, no levantamento da coleta de dados espaciais com os participantes, partindo de um levantamento de três naturezas de caráter espacial, quantitativo e qualitativo. Na última etapa, de pós-oficina, delineia-se a sistematização e o processamento em um Sistema de Informação Geográfica (SIG), finalizando com a validação e ajustes necessários. Pretende-se a partir da construção do arcabouço metodológico, aliar o conhecimento tradicional e técnico de forma a traçar perfis das principais e mais variadas atividades marinhas tradicionais, bem como no levantamento de elementos referente à geo-biodiversidade local, pretendendo compreender os impactos iminentes para um possível planejamento mais estratégico e na minimização de tais efeitos negativos em potencial, tornando o processo participativo mais justo e democrático no envolvimento de diversos atores sociais. Agradecimentos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, pelo fomento e a apoio financeiro. À Universidade Federal do Ceará – UFC; ao Laboratório de Geoprocessamento e Cartografia Social – LABOCART e às Comunidades Tradicionais visitadas e consultadas.