La epistemología es nosotras por nosotras:
Lprácticas feministas contracoloniales en Educación
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i27.80576Palabras clave:
Feminismos subalternos;, Descolonización;, EpistemologíasResumen
Este ensayo parte de la idea de que debemos producir ejercicios de contracolonización para habitar más cómodamente nuestras prácticas de producción de conocimiento dentro de la universidad. Partiendo de la comprensión de que es necesario que el conocimiento se alimente de la vida, trabajaremos aquí con el pensamiento de Nego Bispo, que afirma la importancia de la producción de conocimientos que sean orgánicos en contraposición a los conocimientos sintéticos, aquellos que son traídos desde fuera, sin ser experimentados por quienes deben utilizarlos. Nuestra propuesta es ampliar las gramáticas que definen lo que son las epistemologías, pelando la piel de este concepto para contemplar su porosidad y su apertura a los proyectos epistémicos feministas. En ellas, el rescate de la memoria y de nuestras ancestralidades aparecen como posibilidades para reencantar nuestras investigaciones y denunciar la forma en que los programas normativos de la ciencia masculinista y colonial intentan borrar las huellas que dejamos en el mundo. Concluimos trayendo las inscripciones de una investigación con mujeres ancianas bordadoras, contemplando los bordados que sus palabras han dibujado en nuestros cuerpos. Asumiendo que el conocimiento es autoconocimiento, camino inacabado y trabajo colectivo, concluimos el texto sentadas en los taburetes sin respaldo de las pequeñas memorias sembradas en algún lugar de nosotras por las mujeres-maestras de las enseñanzas forjadas en los bordes.
Descargas
Citas
ARROYO, Miguel. A educação Básica e o Movimento Social do Campo. In: ARROYO, Miguel Gonzalez; FERNANDES, Bernardo Mançano. A educação básica e o movimento social do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 1999. (Coleção Por uma educação do campo, n. 2).
ARROYO, Miguel. Que Outros sujeitos? Que Outras pedagogias? In: ARROYO, Miguel G. Outros sujeitos, outras pedagogias. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 23-61.
BARROS, Daniela; PEQUENO, Saulo; PEDERIVA, Patrícia L. M. Educação pela tradição oral de matriz Africana no Brasil: Ancestralidade, resistência e constituição humana. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 26, n. 91, 2018.
BARROS, Manoel. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record; 1996.
BLEINROTH, Maria Laura M. Bordadeiras de sabedorias: mulheres idosas e suas pedagogias clandestinas. 2022. 196 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
COLLINS, Patrícia Hill. Epistemologia feminista negra. In: COLLINS, P. H. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Boitempo, 2019. p. 401-432.
COSTA, S. L.; CARVALHO, J. J. Processos de transmissão: o ensino universitário e o encontro com mestras e mestres dos saberes tradicionais. In: MONTEIRO, Ana Claudia Lima (Org.). Processos psicológicos: perspectivas situadas. Niterói: EDUFF, 2020. p. 26-55.
DOLLIS, Nelly. B. D. Nokê mevi revósho shovima Awe: ‘O que é transformado pelas pontas das nossas mãos’. Campos, v. 19, n. 1, 2018. p. 23-36.
DORNELES, Dandara R. Palavras germinantes - entrevista com Nego Bispo. Identidade, São Leopoldo, v. 26, n. 1 e 2, p. 14-26, jan./dez. 2021. Disponível em: http://revistas.est.edu.br/index.php/Identidade/article/view/1186/1010. Acesso em: 07 abr. 2022.
EMICIDA: amarElo – É tudo pra ontem. Direção: Fred Ouro Preto. Produção: Evandro Fióti. São Paulo, Brasil: Laboratório Fantasma, 2020.
EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.
EVARISTO, Conceição. Sabela. In EVARISTO, Conceição. Histórias de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê, 2016, p. 59-84.
FLORES, Valeria. Deslenguada: desbordes de una proletaria del lenguaje. Cidade: Ediciones Ají de Pollo, 2010.
GADOTTI, Moacir. Educação integral e tempo integral. In: Educação Integral no Brasil: inovações em processo. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009.
GUIMARÃES, Mariana. O fio como paisagem na mediação casa, corpo e obra. In: Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 2017, Campinas. Anais do 26º Encontro da Anpap. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2017, p. 2511-2524.
hooks, bell. Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática. São Paulo: Elefante, 2020.
HADDACK-LOBO, Rafael. Filosofia a golpes de navalha. In: SIMAS, Luiz A.; RUFINO, Luiz; HADDOCK-LOBO, Rafael. Arruaças: uma filosofia popular brasileira. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2020. p. 25-29.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MARTINS, Leda. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, UFSM, v. 25, p. 63–81. 2003.
MOMBAÇA, Jota. Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro, RJ: Cobogó, 2021.
OLIVEIRA, Érika C. S.; BLEINROTH, Maria Laura M.; SILVA, Yasmim M. Desobediências epistêmicas e pesquisas monstruosas em psicologia social. In: CRUZ, L. R.; HILLESHEIM, B.; EICHHERR, L. M. Interrogações às políticas públicas: sobre travessias e tessituras do pesquisar. Florianópolis: ABRAPSO Editora, 2021. p. 13-32.
PADILHA, Paulo Roberto. Prefácio. Educar em todos os cantos. In: GADOTTI, Moacir. Educação Integral no Brasil: inovações em processo. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009.
PATROCÍNIO, Stela do. Reino dos bichos e dos animais é o meu nome. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2001.
RUFINO, Luiz. Vence-demanda: educação e descolonização. Rio de Janeiro, RJ: Mórula, 2021.
SANTOS, Antônio Bispo. Colonização, Quilombos: modos e significações. Brasília: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, 2015.
SIMAS, Luiz Antônio; RUFINO, Luiz. Encantamento: sobre política de vida. Rio de Janeiro, RJ: Mórula Editorial, 2020.
SIMAS, Luiz Antônio. Pedrinhas Miudinhas. Ensaios Sobre Ruas, Aldeias e Terreiros. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Mórula Editorial, 2019.
STRECK, Danilo R. A educação popular e a (re)construção do público. Há fogo sob as brasas? Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 32, maio/ago. 2006.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) durante o processo editorial informando que o artigo está em processo de publicação, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).