Sobre a neutralidade das ciências

Autores

  • Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.36517/rcs.v9i1%20e%202.42348

Resumo

Houve um tempo, quando comecei a ensinar Teoria e Métodos de Investigação Social e, particularmente, logo após ter .feito um ano intensivo de estudos sobre pesquisa na Uni-versidade de São Paulo, onde alguns professores pregavam uma concepção bastante positivista de ciência, houve um certo tempo, repito, em que acalentei esse ideal de ciência como algo que atinge o maior grau de rigor e precisão, de objetividade e neutralidade, e somente isso. Eu imaginava, por exemplo, que as Ciências Sociais eram menos científi-cas porque ainda não tinham conseguido ser mais precisas, mais rigorosas, mais neutras. Posteriormente, ao estudar melhor a questão, ao refletir melhor sobre isso e à medida que tinha de insistir nesses aspectos no âmbito de meu en-sino de metodologia, comecei a me dar conta de sua dimen-são ideológica; comecei a desconfiar de que o positivismo (tanto na sua versão clássica, quanto na sua formulação mais rigorosa e mais recente) não era apenas uma postura episte-mológica nem se esgotava apenas uma lógica da investigação

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Biografia do Autor

, Universidade Federal do Ceará

Professor Titular do Departamento de Ciências Sociais da UFC.

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Publicado

08-10-2019

Como Citar

Bezerra de Menezes, E. D. (2019). Sobre a neutralidade das ciências. Revista De Ciências Sociais, 9(1 e 2), 15–40. https://doi.org/10.36517/rcs.v9i1 e 2.42348