ENCARCERAMENTO E HIERARQUIA RACIAL: A PRISÃO COMO READEQUAÇÃO DO PODER DE PUNIR

Autores

Palavras-chave:

Encarceramento. Poder. Brasil. Hierarquia racial.

Resumo

A compreensão do fenômeno do encarceramento no Brasil perpassa necessariamente pela análise das relações de poder ao longo da história do país e suas interações com uma sociedade historicamente racista. O presente estudo objetiva delinear reflexões sobre a dinâmica das relações de poder atrelada a questões raciais que desencadearam o encarceramento como modelo principal de repressão à criminalidade. O estudo foi realizado mediante pesquisa bibliográfica, sobretudo por intermédio do resgate epistemológico das noções de Foucault (2014, 2015, 2021), Chauí (2013) e Fernandes (2021). Discutiu-se a falsa interpretação da prisão como instrumento de ressocialização que ocupa a subjetividade dos grupos socais e oculta os intrínsecos rearranjos estruturais de controle social. Conclui-se que as reflexões atemporais de Foucault, sobre a dinâmica das relações de poder, são imprescindíveis para entender a prisão no Brasil como produto da reafirmação do "mito fundador" e do remodelamento do "poder de punir" baseados na hierarquia racial.

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Biografia do Autor

Celine de Castro Coutinho, Universidade Federal do Ceará

Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Ex-estagiária da Defensoria Pública da União no Ceará (atuação nos ofícios cível, criminal e regional de direitos humanos). Ex-estagiária da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (atuação na Defensoria da Família e no Núcleo de Solução Extrajudicial de Conflitos). Ex-coordenadora discente e ex-bolsista do Núcleo de Mediação e Conciliação da UFC (DIALOGAR). Membro pesquisadora do Núcleo de Estudos em Ciências Criminais da UFC (NECC).

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Publicado

2023-01-20

Edição

Seção

GT 7 - VIOLÊNCIA, PODER E SUBJETIVIDADE