Fundacionalismo: da tradição às teorias moderadas
Palavras-chave:
Justificação. Fundacionalismo. Infalibilismo. Falibilismo.Resumo
Historicamente a epistemologia tem definido conhecimento como universal e infalível, mas a tradição não deu conta de resolver de forma suficientemente satisfatória as questões colocadas pelos céticos, tais como o questionamento da existência do mundo externo à mente, o argumento da ilusão e do erro, entre outros. Diante disso, reformulações no conceito de conhecimento têm sido admitidas, dando origem a novas abordagens em Epistemologia. Entre as novas abordagens propostas estão as teorias falibilistas, que defendem o conhecimento como falível e nossas crenças anuláveis e revisáveis. O presente trabalho tem por objetivo explicitar a teoria da justificação fundacionalista, tanto na sua origem, com as propostas infalibilistas, quanto as posteriores reformulações. O fundacionalismo foi uma das primeiras alternativas ao problema da justificação de crenças, mas sua proposta de deter o regresso epistêmico com crenças básicas infalíveis deu origem a uma série de objeções céticas. Em decorrência disto, um enfraquecimento desta teoria foi formulado, a saber, as teorias falibilistas, que defendem que o conhecimento não é universal e irrevogável, mas que pode ser revisto e aperfeiçoado. Na primeira parte do trabalho, apresentaremos a questão da justificação epistêmica e o problema do regresso de razões. Em um segundo momento, explicitaremos o fundacionalismo tradicional, a maneira como este concebeu o regresso epistêmico, bem como às objeções a ele apresentadas. E por fim, apresentaremos as formulações falibilistas e como estas tentam dar conta dos problemas deixados pela tradição. Este trabalho pretende mostrar que o falibilismo corresponde a uma nova forma de compreender o conhecimento em epistemologia e, para tal, reformula conceitoscomo o de infalibilidade e universalidade.
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