Prazer e loucura no Filebo
Palavras-chave:
Platão. Filebo. Prazer. Loucura.Resumo
O artigo propõe a análise de algumas passagens do Filebo, nas quais se discute a relação entre prazer e loucura. Inicialmente (15D9-16A3), Sócrates aponta para os excessos de prazer que um jovem tende a experimentar com a descoberta do uso articulado dos argumentos, excessos que implicam numa espécie de entusiasmo que o levaria a situações de impasse; não só a ele, mas a todos os que estiverem à sua volta. Na segunda (36E5-8), contra a hipótese da mera possibilidade dos prazeres falsos, Protarco sugere que, nem em estado de loucura, alguém poderia julgar estar tendo prazer ou dor, sem de fato estar vivenciando tais experiências. Em terceiro lugar (45D6-E4), discute-se o que significa a experiência dos prazeres sem alguma imposição de limites, ou seja, o excesso, a falta de moderação e a falta de discernimento são julgados como equivalentes a algum tipo de loucura. Trata-se de avaliar o valor do prazer, no âmbito da vida mista, com critérios tanto quantitativos, quanto qualitativos. Finalmente (63D2-64A5), no embate entre prazeres e pensamentos ou reflexões, imagina-se o quanto o excesso de uns impede o cultivo de outros, levando as almas à loucura e causando esquecimento e descuido no modo de se conduzir a vida.
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