Linguagem e mente na filosofia de Wittgenstein
Palavras-chave:
Linguagem. Mente. Sociedade. Filosofia da Mente. Wittgenstein.Resumo
Este artigo pretende analisar de que modo é possível falar, em Wittgenstein, da existência de um estado interior quando adotamos os recursos expressivos da linguagem. Neste sentido, os argumentos de Wittgenstein, especialmente em Investigações Filosóficas e Últimos Escritos sobre a Filosofia da Psicologia, permitem libertar a filosofia da mente de uma compreensão que insiste em separar o físico e o mental, enquanto distintos e independentes em substâncias e qualidades. Em linhas gerais, a primeira objeção à filosofia da mente consistiria em alegar que os modelos artificiais da cognição humana são capazes de replicar características específicas da vida mental humana como, por exemplo, é o caso das qualia. Uma segunda objeção, sustentada no decorrer no artigo é clarear, por um lado, a confusão gramatical e os pseudoproblemas que são associados à expressividade das vivências interiores e, por outro, estabelecer uma crítica ao modelo funcionalista de mente. Por fim, apontamos que a ambiguidade na expressão do conteúdo mental [ou significação do conteúdo mental] passa a residir nas sutilezas epistemológicas, e não ontológicas, da relação entre linguagem, mente e sociedade.
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