A tensão entre o atomismo radical liberal e a proposição de uma política holista do reconhecimento em Charles Taylor
Palavras-chave:
Tensão. Atomismo. Liberal. Holista. Reconhecimento.Resumo
Neste artigo empreendo como tarefa de trabalho a meta de expor a tensão existente entre as proposições filosóficas da política do atomismo radical liberal, diante da proposição filosófica que advém da vertente que se configura como uma filosofia política holística do reconhecimento da dignidade ontológica da vida humana. Para tanto, trago à baila para o debate o pensamento político do filósofo canadense Charles Taylor. Ao longo do texto tento reconstruir, em certa medida, o estatuto do debate político travado entre as filosofias políticas tanto de cunho liberal do atomismo radical, como a sua opositora clássica que é a perspectiva do comunitarismo holista. Em seguida, trabalho com a noção de crítica expressivista forjada por Taylor, em sua teoria da ação, que expressa uma oposição crítica a política do atomismo radical liberal, que está calcada na noção de racionalidade procedimental. Finalmente, dou atenção à argumentação que gira em torno da proposição de uma política holista do reconhecimento, que deve estar flexionada a favor do axioma da dignidade ontológica da vida humana, que está inserida dentro de um contexto contemporâneo histórico, pluralista e amplamente multiculturalista.
Referências
ARAÚJO, P. R. M. de. Charles Taylor: para uma ética do reconhecimento. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
CORTINA, A; MARTÍNEZ, E. Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
GARCIA, S. E. R. Charles Taylor: de la antropologia filosófica a la filosofia prática. Investigaciones Fenomenológicas, n. 11, 2014, 263-280. Disponível em: . Acesso em: 31 mar de 2016.
GUALDA, D. L. Individualismo holista: uma articulação crítica do pensamento po- lítico de Charles Taylor. Jundiaí: Paco Editorial, 2010.
GUTMANN, A. Introdução. In: TAYLOR, Charles. Multiculturalismo: exami- nando a política de reconhecimento. Tradução Marta Machado. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.
HEGENBERG, L. Filosofia moral: ética - v. 1. Rio de Janeiro: E-papers, 2010.
MULHALL, S; SWIFT, A. Liberal & Communitarians. Oxford: Blackwell Publishing, In: GUTMANN, A. Communitarian critics of liberalism. Philosophy & public affairs. v. 14, n. 3, 1985.
NEAL, P; PARIS, D. Liberalism and the communitarian critique: a guide for the perplexed. Canadian journal of political science, v. 23, n. 3. Sep., 1990.
RENAUT, A. (Dir.). História da Filosofia Política / 5: as filosofias políticas contempo- râneas (Após 1945). Lisboa: Instituto Piaget, 2000.
ROSAS, J. C. Manual de filosofia política. 2. ed. rev. e aumen. Coimbra: Edições Almedina, S. A, 2013.
SINGER, P. Hegel. Tradução Luciana Pudenzi. São Paulo: Edições Loyola, 2003. TAYLOR, C. As fontes do self: a construção da identidade moderna. Tradução Adail
Ubirajara Sobral, Dinah de Abreu Azevedo. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2013.
______. A ética da autenticidade. Tradução de Talyta Carvalho. São Paulo: É Realizações, 2011.
______. A política de reconhecimento. In: ______. Multiculturalismo: examinando a política de reconhecimento. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.
______. Hegel. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
______. Identidad y Reconocimiento. Revista Internacional de Filosofia política, 7,
p. 10-19, 1996.
______.Why Do Nations Have to Become States? In: LAFOREST, Guy. (Ed.) Reconciling the Solitudes: Essays in Canadian Federalism and Nationalism. Montreal and Kingston: McGill-Queen‟s University Press, 1993.
______. El atomismo, en Derecho y moral. Ensayos analíticos. Universidad Católica do Chile, 1990.
______. Human agency and language: Philosophical Pappers I. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos (SOBRE COPYRIGHT E POLÍTICA DE ACESSO LIVRE):
1. Autores mantém OS DIREITOS AUTORAIS concedidos à revista OU Direito de Primeira Publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado à Atribuição de Licença Creative Commons (CC BY) que permite o compartilhamento dos trabalhos com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm permissão para aceitar contratos, distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo: publicar no repositório institucional ou como um capítulo do livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) mesmo durante o processo editorial, haja visto que isso pode aumentar o impacto e citação do trabalho publicado.